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Brava capta US$ 260 milhões e revela acordo no dia da divulgação do 2T25

Brava Energia melhora liquidez com acordo de US$ 260 milhões, mas ações caem mesmo após projeções positivas de Ebitda e redução de dívida

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Décio Oddone (ao centro) e a diretoria-executiva da Brava Energia em toque simbólico da campainha na B3 (Foto: InfoMoney)
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  • A Brava Energia anunciou um acordo financeiro com a Yinson para antecipar recebíveis de US$ 260 milhões.
  • A operação, divulgada em seis de agosto de 2025, visa melhorar a liquidez e a estrutura de capital da empresa, resultante da fusão entre Enauta e 3R Petroleum.
  • O acordo gerará cerca de US$ 40 milhões em créditos fiscais, mas causará uma perda contábil de US$ 150 milhões devido ao desconto na monetização de contas a receber.
  • As ações da Brava caíram 1,48%, cotadas a R$ 19,98, apesar da notícia positiva.
  • A empresa emitiu US$ 500 milhões em debêntures a um custo de 8,7% ao ano para quitar dívidas anteriores, e projeta uma redução significativa na relação entre dívida líquida e Ebitda até o final do ano.

A Brava Energia (BRAV3) anunciou um acordo financeiro com a Yinson, que envolve a antecipação de recebíveis no valor de US$ 260 milhões. A operação, divulgada nesta quarta-feira (6), coincide com a apresentação dos resultados do segundo trimestre de 2025 e visa melhorar a liquidez e a estrutura de capital da empresa, que surgiu da fusão entre Enauta e 3R Petroleum.

O acordo permitirá à Brava gerar aproximadamente US$ 40 milhões em créditos fiscais, embora resulte em uma perda contábil de US$ 150 milhões devido ao desconto aplicado na monetização de contas a receber, que totalizavam cerca de US$ 410 milhões. A XP Investimentos avalia que, apesar da perda contábil, o efeito líquido é positivo, contribuindo para a redução da alavancagem, que estava em 3,4 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda acumulado em 12 meses.

Impacto no Mercado

Apesar da boa notícia, as ações da Brava caíam 1,48%, cotadas a R$ 19,98 às 14h30 (horário de Brasília). O histórico da dívida está ligado ao projeto do navio-plataforma Bravo, inicialmente financiado pela Enauta. Com o pré-pagamento dos recebíveis, o modelo de operação se alinha ao padrão do setor, onde o arrendador detém o ativo e cobra taxas de leasing.

A Brava também emitiu US$ 500 milhões em debêntures locais a um custo de 8,7% ao ano em dólares, com o objetivo de quitar dívidas anteriores mais onerosas. O Bradesco BBI projeta um Ebitda de R$ 1,35 bilhão para o 2T25, um aumento de 26% em relação ao trimestre anterior, impulsionado pelo crescimento da produção nos ativos offshore.

Expectativas Futuras

As projeções indicam que a dívida líquida deve encerrar o ano entre 1,7 e 2,3 vezes o Ebitda, uma redução significativa em relação ao patamar atual. A XP estima uma receita líquida de R$ 3,1 bilhões e um lucro líquido de R$ 1,139 bilhão no trimestre. A produção total da Brava alcançou cerca de 86 mil barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 21% em relação ao trimestre anterior.

O mercado, que demonstrava desconfiança após a fusão, começa a mudar sua percepção. Em julho, as ações da Brava subiram 13,45%, enquanto outras empresas do setor, como PRIO e PetroRecôncavo, apresentaram quedas. O Bradesco BBI acredita que a Brava se destacará na temporada de resultados da América Latina, com uma expectativa de aceleração na desalavancagem no segundo semestre de 2025.

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