- Durante o Clube CMO, em São Paulo, executivos da Louis Vuitton e da JHSF discutiram estratégias de marketing de luxo.
- Daniela Gontijo, country general manager da Louis Vuitton na América do Sul, destacou a importância do atendimento personalizado e da adaptação de estratégias globais ao contexto local.
- Leonardo Cid, CMO da JHSF, enfatizou que o relacionamento com o cliente deve preceder a venda.
- Ambos os executivos concordaram que a escassez genuína de produtos e experiências é uma estratégia eficaz no setor de luxo.
- Gontijo também mencionou a escolha de embaixadores autênticos, como a skatista Rayssa Leal, e afirmou que a pirataria não diminui o desejo pelo original.
Durante o Clube CMO, realizado em São Paulo, executivos da Louis Vuitton e da JHSF discutiram as nuances do marketing de luxo. O evento, promovido pela EXAME em parceria com a agência Zmes, reuniu mais de 40 profissionais de grandes empresas, abordando como marcas de alto padrão constroem valor e desejo.
Daniela Gontijo, country general manager da Louis Vuitton na América do Sul, e Leonardo Cid, CMO da JHSF, compartilharam insights sobre a importância do atendimento personalizado e da conexão emocional com os clientes. Gontijo, que lidera a operação da grife no Brasil e em outros países da América do Sul, enfatizou a necessidade de adaptar estratégias globais ao contexto local. “Para estabelecer uma conexão profunda, é fundamental compreender os interlocutores de cada país”, afirmou.
Cid, que está há três meses na JHSF, destacou que o foco deve ser em proporcionar experiências completas, além do produto. “O relacionamento vem antes da venda e é o que faz o cliente voltar”, disse. Ambos os executivos concordaram que a escassez genuína de produtos e experiências é uma estratégia eficaz no setor de luxo. Marcelo Tripoli, CEO da Zmes, mediador do debate, ressaltou que a escassez deve ser autêntica para gerar desejo.
A Importância da Autenticidade
Gontijo também mencionou a escolha cuidadosa de embaixadores da marca, como a skatista Rayssa Leal, que representa a autenticidade e os valores da Louis Vuitton. “Não é sobre o número de seguidores. É sobre autenticidade, valores e construção de marca no longo prazo”, destacou.
A pirataria é um desafio no Brasil, mas Gontijo acredita que isso não diminui o desejo pelo original. “Quem compra o falso quer, no fundo, o verdadeiro”, afirmou. Cid complementou que o luxo contemporâneo se relaciona mais com a sofisticação do que com a ostentação, enfatizando que o importante é o ser, não o parecer.
Estratégias que Inspiram
As estratégias discutidas servem como referência para empresas de diferentes segmentos. A curadoria, o foco na experiência e o uso seletivo das redes sociais são aspectos que podem ser aplicados fora do mercado de luxo. Gontijo concluiu que o verdadeiro luxo reside na atenção genuína ao cliente, um valor que deve ser cultivado ao longo do tempo.
Os executivos concordaram que a construção de uma marca sólida exige consistência e escuta ativa. “Leva anos, mas quando bem feita, dura gerações”, finalizou Gontijo, citando a longevidade de Bernard Arnault à frente da LVMH.