- Investidores estão diversificando suas carteiras devido à incerteza geopolítica e comercial, especialmente após declarações de Donald Trump que afetaram a confiança nos Estados Unidos.
- O dólar se depreciou quase 9% em 2023, impulsionando os mercados emergentes, com previsão de nova queda da moeda.
- O índice MSCI Emerging Markets, que representa ações de países em desenvolvimento, subiu quase 20% neste ano, superando o S&P 500, que avançou apenas 9%.
- Instituições financeiras, como MUFG e Goldman Sachs, preveem continuidade da fraqueza do dólar, destacando Brasil e Coreia do Sul como os mais sensíveis a essas flutuações.
- A renda fixa em mercados emergentes se torna mais atraente, com o Fundo Monetário Internacional projetando crescimento de 4% para essas economias, em contraste com 1,2% para o mundo desenvolvido.
Os investidores estão diversificando suas carteiras em um cenário de incerteza geopolítica e comercial, especialmente após as declarações de Donald Trump, que abalaram a confiança nos Estados Unidos. A depreciação do dólar, que já caiu quase 9% em 2023, está impulsionando os mercados emergentes, com analistas prevendo uma queda adicional da moeda.
O MSCI Emerging Markets, que representa ações de países em desenvolvimento, subiu quase 20% neste ano, superando o S&P 500, que avançou apenas 9%. Segundo Stefan Eppenberger, estrategista da Vontobel, um dólar fraco eleva as valorizações em mercados emergentes, tornando ativos locais mais caros e permitindo taxas de juros mais baixas. Países como Brasil, Índia e China estão se destacando como oportunidades promissoras.
Oportunidades em Mercados Emergentes
Grandes instituições financeiras, como MUFG e Goldman Sachs, preveem uma continuação da fraqueza do dólar. MUFG estima uma queda de 6,2% até 2026, enquanto Goldman Sachs aponta que a desconfiança em relação à Reserva Federal pode agravar a situação. O Brasil e a Coreia do Sul são os mais sensíveis a essas flutuações, com 50% de suas variações de índices explicadas pelo câmbio.
Patricia Urbano, gestora da Edmond de Rothschild AM, aposta em China, Índia, Polônia e Coreia do Sul. A China se destaca em tecnologia e veículos elétricos, enquanto a Índia ganha relevância nas cadeias de suprimento globais. A dívida emergente também está atraindo atenção, com gestores como Peter Branner, da Aberdeen Investments, prevendo que cortes nas taxas de juros em mercados emergentes podem favorecer a rentabilidade.
Atração pela Renda Fixa
A renda fixa em mercados emergentes está se tornando mais atraente, especialmente em comparação com a renda fixa dos países desenvolvidos. A alta dos juros reais em regiões como América Latina e Europa Oriental oferece oportunidades significativas. A Pictet AM destaca que a dívida em moeda local está em um ponto favorável, com fundamentos econômicos sólidos.
O FMI projeta um crescimento de 4% para economias emergentes, em contraste com apenas 1,2% para o mundo desenvolvido. Essa resiliência pode sustentar as perspectivas de investimento, especialmente em um ambiente de incertezas comerciais. A Bolsa emergente está se preparando para um potencial crescimento, com analistas observando que as valorizações estão com desconto em relação a mercados desenvolvidos.