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11 de ago 2025

Vendas no varejo crescem em julho, mas apresentam queda em relação a 2024

Vendas do varejo brasileiro crescem em julho, mas comércio digital enfrenta queda acentuada e inflação permanece desafiadora

Consumidora compra frutas em mercado no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

Consumidora compra frutas em mercado no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

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As vendas do comércio brasileiro apresentaram um crescimento de 2,4% em julho em relação ao mês anterior, conforme dados do Índice do Varejo Stone (IVS). Apesar desse avanço, o setor ainda enfrenta uma retração de 1,1% em comparação ao mesmo mês do ano passado, refletindo um cenário de desaceleração econômica.

Guilherme Freitas, economista da Stone, destaca que esse crescimento pontual foi impulsionado pela resiliência do mercado de trabalho, que continua a sustentar o consumo. Contudo, ele ressalta que o nível de atividade do comércio permanece abaixo do que foi observado no início de 2024. A inflação, embora esteja se acomodando, parece estar mais ligada à desaceleração econômica do que a uma melhora estrutural nos preços.

Desempenho Setorial

No recorte mensal, cinco dos oito segmentos analisados mostraram crescimento em julho. O setor de Material de Construção liderou com uma alta de 3,8%, seguido por Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (1,2%) e Artigos Farmacêuticos (1,1%). Em contrapartida, o setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria registrou uma queda de 3,6%, enquanto Móveis e Eletrodomésticos teve uma leve retração de 0,2%.

O comércio digital, por sua vez, enfrentou uma queda de 6,8% em julho, enquanto o varejo físico cresceu 0,7%. No acumulado de 12 meses, o comércio online apresentou uma retração de 18%, enquanto o físico teve um recuo de 1,1%.

Análise Regional

A análise regional revelou que apenas nove estados registraram crescimento nas vendas em julho. O Acre se destacou com uma alta de 6,5%, seguido por Tocantins (6,4%) e Mato Grosso (4,2%). Por outro lado, o Rio Grande do Sul teve a maior queda, de 7%, com Amazonas (-4%) e Rio Grande do Norte (-3,7%) também apresentando resultados negativos.

Freitas enfatiza que o Norte do Brasil foi a região que mais se destacou, com crescimento expressivo no comparativo anual, enquanto o Centro-Oeste mostrou sinais positivos. As regiões Sul e Nordeste, no entanto, continuam enfrentando um cenário mais desafiador, com retrações mais generalizadas.

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