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Dívida pública deve ultrapassar 80% do PIB em 2026 e afeta crescimento econômico

Dívida pública do Brasil pode atingir 93% do PIB em 2030, exigindo ajustes fiscais urgentes após as eleições de 2026

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Fachada do Ministério da Fazenda, em Brasília (Foto: Pedro França/Agência Senado)
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  • A relação entre a dívida pública e o PIB do Brasil é de 76,6% e deve ultrapassar 80% em 2026, conforme projeções do Tesouro Nacional.
  • Juros altos e déficits persistentes podem limitar o crescimento econômico do país por pelo menos uma década.
  • Um estudo do Banco Mundial indica que, em países emergentes, a relação dívida/PIB acima de 64% reduz o potencial de crescimento.
  • Projeções do Fundo Monetário Internacional apontam que a dívida pública brasileira pode chegar a 89,9% do PIB.
  • Economistas alertam que a combinação de juros altos e baixo esforço fiscal exige um programa de ajuste estrutural após as eleições presidenciais de 2026.

A relação entre a dívida pública e o PIB do Brasil, atualmente em 76,6%, deve ultrapassar 80% em 2026, segundo projeções do Tesouro Nacional. Esse cenário, marcado por juros altos e déficits persistentes, pode limitar o crescimento econômico do país por pelo menos uma década.

Um estudo do Banco Mundial revela que, em países emergentes, quando a relação dívida/PIB ultrapassa 64%, o potencial de crescimento diminui. Para cada aumento de 1 ponto percentual na dívida, a atividade econômica é reduzida em 0,02 ponto percentual, em média. Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, destaca que uma dívida elevada por longos períodos “sufoca e retira potencial de crescimento”.

As projeções do FMI indicam que a dívida pública brasileira pode alcançar 89,9% do PIB, considerando a metodologia que inclui a dívida na carteira do Banco Central. Felipe Salto, economista-chefe da Warren Rena, observa que a relação dívida/PIB do Brasil é 18 pontos percentuais superior à média dos países emergentes e 20 pontos acima da média da América Latina.

Salto também aponta que, mesmo com ajustes fiscais, como cortes em emendas parlamentares e benefícios tributários, a dívida pode chegar a 93% do PIB em 2030. A combinação de juros altos e baixo esforço fiscal exige um programa de ajuste estrutural, que deve ser implementado após as eleições presidenciais de 2026.

Samuel Pessôa, do BTG Pactual, alerta que a elevada relação dívida/PIB refreia investimentos, tornando atividades intensivas em capital, como infraestrutura, muito caras. Ele ressalta que a atual arrecadação, que tem batido recordes, não reflete a verdadeira situação do déficit público, que é ainda maior do que os números indicam.

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