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Empresas europeias preferem fusões menores em vez de grandes negócios de alto risco

Empresas europeias priorizam aquisições menores para reduzir riscos e complexidades regulatórias, destacando uma nova tendência no mercado de M&A

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • Empresas europeias estão priorizando aquisições menores e estratégicas, conhecidas como “bolt-on”, em vez de grandes fusões e aquisições (M&A).
  • Essa estratégia busca reduzir riscos e complexidades regulatórias, especialmente após um período de lucros estáveis.
  • A CEO da Logitech, Hanneke Faber, afirmou que a empresa possui US$ 1,5 bilhão em caixa e vê as M&A como essenciais para sua política de alocação de capital.
  • A Shell, sob a liderança de Wael Sawan, optou por transações menores, como a compra de uma participação em um campo de petróleo na Nigéria por US$ 510 milhões.
  • A Ahold Delhaize, varejista holandesa, também está focada em aquisições estratégicas, como a compra da rede romena Profi por € 1,3 bilhão.

Empresas europeias adotam aquisições menores para crescimento estratégico

Um número crescente de empresas na Europa está optando por aquisições menores e estratégicas, conhecidas como “bolt-on”, em vez de grandes fusões e aquisições (M&A). Essa mudança de estratégia visa minimizar riscos e complexidades regulatórias, especialmente após um período de lucros resilientes.

Executivos de grandes indústrias e empresas de bens de consumo estão utilizando capital disponível para realizar transações que visam adquirir concorrentes e tecnologias. Hanneke Faber, CEO da Logitech, destacou que a empresa possui US$ 1,5 bilhão em caixa e considera M&A como um pilar fundamental de sua política de alocação de capital. A abordagem cautelosa é compartilhada por outras empresas, como a DWS Group, que possui 800 milhões de euros em capital excedente e busca alvos estratégicos sem pressa.

No setor de energia, Wael Sawan, CEO da Shell, rejeitou a ideia de que “maior é melhor”, enfatizando que a criação de valor deve ser a prioridade. A Shell optou por transações menores, como a aquisição de uma participação em um campo de petróleo na Nigéria por US$ 510 milhões, em vez de buscar fusões de grande porte que poderiam atrair a atenção de reguladores.

Mudança de Foco

A mudança de foco para aquisições menores também é evidente em outras empresas. Andrea Orcel, CEO da UniCredit, abandonou uma proposta de aquisição da Banco BPM devido a obstáculos políticos, preferindo concentrar-se em transações mais gerenciáveis. A Saint-Gobain, por sua vez, fez da aquisição de empresas menores uma parte central de sua estratégia, fechando três negócios em uma única semana.

A Givaudan, fabricante suíça de fragrâncias e sabores, está em busca de aquisições que ampliem seu portfólio de clientes. Gilles Andrier, CEO da empresa, afirmou que a estratégia de “bolt-on” é crucial para o crescimento, com a empresa atenta a oportunidades no setor de alimentos para pets.

Perspectivas Futuras

A Ahold Delhaize, varejista holandesa, também está focada em aquisições estratégicas, como a compra da rede romena Profi por 1,3 bilhão de euros. Frans Muller, CEO da empresa, afirmou que a companhia está sempre em busca de oportunidades de crescimento inorgânico na Europa e nos EUA.

Executivos estão cientes das dificuldades operacionais que as M&As podem trazer, o que torna as aquisições menores mais atraentes. Klaus Rosenfeld, CEO da Schaeffler, mencionou que a empresa ainda está integrando a aquisição da Vitesco Technologies e, por isso, está cautelosa em relação a novos negócios.

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