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Frio e ‘taxa das blusinhas’ impulsionam vendas de grandes varejistas de moda

Crescimento do varejo de moda em 2025 beneficia grandes marcas, enquanto pequenos negócios enfrentam altos custos e inadimplência crescente

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Varejista de moda (Foto: Pexels/Ksenia Chernaya)
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  • O varejo de moda brasileiro apresentou crescimento em 2025, impulsionado pelo aumento do rendimento real de 3,3% e pela “taxa das blusinhas”, que beneficia grandes varejistas.
  • Apesar da alta de 4% nos preços de roupas e calçados, as vendas de grandes redes como Renner e C&A aumentaram, refletindo um consumo mais forte.
  • O analista de Equity Research da Genial Investimentos, Iago Souza, destacou que o pleno emprego e o aumento do salário mínimo elevaram os gastos dos consumidores em itens de vestuário.
  • Pequenos varejistas enfrentam dificuldades devido ao custo elevado do crédito, com a Selic em 15% e uma inadimplência de 31,6% entre micro e pequenas empresas.
  • Expectativas para o segundo semestre de 2025 são otimistas, com aumento nas vendas previsto para datas comerciais e a proposta de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil pode impulsionar ainda mais o consumo.

O varejo de moda brasileiro apresenta crescimento em 2025, impulsionado por um cenário econômico favorável e mudanças no comportamento do consumidor. O aumento do rendimento real, que subiu 3,3% em um ano, e a redução da desigualdade tributária com a implementação da “taxa das blusinhas” beneficiaram principalmente grandes varejistas, como Renner e C&A. Apesar da alta de 4% nos preços de roupas e calçados, as vendas desses players aumentaram, refletindo um consumo mais robusto.

O analista de Equity Research da Genial Investimentos, Iago Souza, destaca que o pleno emprego e o aumento do salário mínimo contribuíram para que os consumidores ampliassem seus gastos, especialmente em itens discricionários como vestuário. A “taxa das blusinhas”, que impõe impostos sobre compras internacionais de até US$ 50, ajudou a equilibrar a concorrência com varejistas estrangeiros, como a Shein, permitindo que o mercado interno se recuperasse.

Desafios para Pequenos Varejistas

Embora o cenário seja positivo para grandes varejistas, os pequenos negócios enfrentam dificuldades. Com a Selic em 15%, o custo do crédito se tornou elevado, dificultando a operação de micro e pequenas empresas. Dados da Serasa Experian indicam que 31,6% das empresas ativas estão inadimplentes, sendo a maioria micro e pequenas. O aumento de pedidos de recuperação judicial, que cresceu 61,8% em 2024, evidencia a crise enfrentada por esses varejistas.

Expectativas para o Futuro

As expectativas para o segundo semestre de 2025 são otimistas, com a previsão de aumento nas vendas devido a datas comerciais como Black Friday e festas de fim de ano. As coleções de primavera-verão, que tendem a ser mais baratas, devem impulsionar o volume de vendas. O CEO da Renner, Fabio Faccio, menciona que, apesar da base comparativa forte do ano anterior, o setor deve manter um ritmo positivo.

A proposta de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil pode ser um fator decisivo para o aumento do consumo no varejo de moda. Iago Souza acredita que a aprovação dessa medida representaria uma injeção significativa de consumo no setor, mantendo o varejo em evidência em 2026.

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