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18 de ago 2025

CNI defende cooperação com os EUA para garantir comércio justo entre países

CNI e CNA defendem Brasil em investigação dos EUA, destacando avanços em comércio digital, etanol e legislação ambiental

Exportações brasileiras estão sendo afetadas pelo tarifaço de Trump (Foto: Divulgação Porto de Santos via Agência Brasil)

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou um documento ao Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), defendendo o Brasil em resposta à investigação aberta pelo governo americano sobre supostas "práticas desleais" no comércio. A CNI argumenta que o Brasil não prejudica empresas americanas, especialmente em áreas como comércio digital e serviços de pagamentos eletrônicos, citando o Pix como uma inovação comparável ao FedNow do Federal Reserve.

O documento destaca que as preferências tarifárias concedidas a países como México e Índia estão em conformidade com acordos internacionais e não afetam a competitividade dos EUA. As tarifas médias para produtos americanos no Brasil são de 2,7%, enquanto para produtos indianos e mexicanos são de 4,7% e 3,2%, respectivamente. A CNI também enfatiza a robustez do arcabouço legal anticorrupção do Brasil, que garante previsibilidade e segurança aos negócios.

Propriedade Intelectual e Etanol

Em relação à propriedade intelectual, a CNI menciona que o tempo médio de análise de patentes foi reduzido para 2,9 anos em 2025, alinhando-se aos padrões de países desenvolvidos. A entidade rebate críticas sobre o etanol, afirmando que o Brasil não adota práticas discriminatórias e que ambos os países, como grandes produtores do biocombustível, têm interesse em expandir a demanda internacional.

A CNI também aborda a agenda ambiental, destacando o fortalecimento das leis contra o desmatamento ilegal e o controle rigoroso sobre a produção de produtos florestais. A entidade alerta que restrições às importações poderiam prejudicar a relação comercial entre Brasil e EUA, sugerindo que ambos os países utilizem canais de cooperação existentes para manter um comércio justo e recíproco.

Posição da CNA

A defesa da CNI se alinha à manifestação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que também apresentou argumentos sobre tarifas preferenciais, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal. A CNA, representando mais de 5 milhões de produtores rurais, acredita que a investigação americana confirmará o compromisso do Brasil com um comércio internacional transparente e baseado em regras claras.

A CNA esclarece que as tarifas preferenciais concedidas pelo Brasil representam apenas 1,9% das importações e não prejudicam as exportações americanas. Em relação ao etanol, a entidade lembra que a alíquota para o produto dos EUA é de 18%, inferior à aplicada a países do Mercosul. A CNA defende a cooperação bilateral na transição energética, especialmente em bioenergia e combustíveis sustentáveis, reconhecendo sua importância para a descarbonização global.

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