Fundo soberano global investe em grandes marcas da América Latina, como Petrobras e Coca-Cola
Fundo soberano da Noruega investe US$ 16,6 bilhões na América Latina e registra retorno de 5,7% no primeiro semestre de 2025

Investimentos do fundo soberano em ações estão distribuídos em 188 empresas de seis países. O Brasil concentra a maior parte dos investimentos nessa categoria (Foto: Dado Galdieri/Bloomberg)
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O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, ampliou sua atuação na América Latina, com investimentos que superam US$ 16,6 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Norges Bank Investment Management e refletem uma estratégia de longo prazo focada em ações de empresas líderes e títulos de governos e corporações na região.
Embora a América Latina represente apenas 0,8% do portfólio global do fundo, sua importância é estratégica para diversificação geográfica e exposição a setores em crescimento. O fundo, que administra mais de US$ 1,5 trilhão, alocou US$ 10,19 bilhões em ações e US$ 6,451 bilhões em renda fixa. O Brasil e o México se destacam como os principais destinos, com investimentos de mais de US$ 5 bilhões e US$ 3,5 bilhões, respectivamente.
Distribuição dos Investimentos
Os investimentos em ações estão distribuídos em 188 empresas de seis países: Brasil, México, Chile, Colômbia, Peru e alguns emissores offshore. Entre as principais empresas estão a Petrobras, com US$ 877 milhões, e o Grupo México, com US$ 319 milhões. O fundo também investe em empresas como FEMSA e Equatorial Energia.
Na renda fixa, o México lidera com US$ 2,45 bilhões em títulos, seguido pela Colômbia, com US$ 1,903 bilhões. O Chile e o Peru também têm participação, com US$ 1,161 bilhões e US$ 571 milhões, respectivamente. O retorno total do fundo no primeiro semestre de 2025 foi de 5,7%, impulsionado pelo desempenho positivo do mercado de ações.
Desempenho e Estratégia
O executivo-chefe do NBIM, Nicolai Tangen, destacou a importância da disciplina na gestão do fundo, que adota um modelo de gestão indexada. Ele afirmou que a diversificação global e o horizonte intergeracional ajudam a mitigar a volatilidade e a proteger o capital dos cidadãos noruegueses.
Apesar de um valor contábil reduzido em US$ 15,6 bilhões devido à valorização da coroa norueguesa, o fundo encerrou junho com um valor total de cerca de US$ 1,95 trilhão. A alocação de ativos manteve-se estável, com 70,6% em ações e 27,1% em renda fixa. O fundo investe atualmente em mais de 8.300 empresas globalmente, além de imóveis e infraestrutura de energia.
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