- Turistas estão mudando suas preferências, optando por “coolcations”, ou seja, destinos mais frescos e menos lotados.
- Essa mudança ocorre devido ao calor extremo e incêndios florestais na Europa, com temperaturas acima de 40 graus Celsius.
- Destinos como Islândia, Noruega, Suíça e Polônia estão em alta, enquanto países do sul da Europa, como Espanha e Grécia, enfrentam queda na demanda.
- A CEO da Globetrender, Jenny Southan, afirma que 2025 será um ano decisivo para o turismo europeu, com a necessidade de adaptação às mudanças climáticas.
- A tendência deve consolidar-se, com a alta temporada do Mediterrâneo se deslocando para os meses de maio, junho, setembro e outubro.
Os turistas estão mudando suas preferências de viagem, optando por “coolcations”, ou seja, férias em destinos mais frescos e menos lotados. Essa tendência surge em resposta ao calor extremo e incêndios florestais que afetam a Europa neste verão. Com temperaturas superando 40 graus Celsius, muitos viajantes estão evitando os tradicionais pontos turísticos do sul, como Espanha, Grécia e Portugal.
A CEO da Globetrender, Jenny Southan, afirma que 2025 será um ano decisivo para o turismo europeu, destacando que nenhum destino está imune às mudanças climáticas. O aumento das temperaturas e os incêndios florestais têm causado evacuações em áreas populares, enquanto países nórdicos, como Noruega e Suécia, também enfrentam calor intenso, desafiando a ideia de que oferecem alívio no verão.
Dados da Comissão Europeia de Turismo mostram que, apesar da incerteza econômica, os europeus continuam priorizando viagens. O presidente da ETC, Miguel Sanz, observa que a preocupação com a superlotação tem levado os turistas a escolherem destinos menos conhecidos e a evitarem a alta temporada. 79% dos consultores de viagens afirmam que eventos climáticos extremos influenciam o planejamento de viagens, com 55% relatando que seus clientes preferem viajar fora da alta temporada.
Destinos em Alta
Entre os destinos que estão se beneficiando dessa nova tendência estão Islândia, Noruega, Suíça e Polônia, que atraem turistas em busca de climas mais amenos e experiências enriquecedoras. A Eslovênia também se destaca, com um aumento na demanda por locais de maior altitude, que oferecem atividades ao ar livre e contato com a natureza.
Embora essa mudança possa ajudar a aliviar a superlotação nas áreas tradicionais, ela pode ter consequências econômicas significativas para países do sul da Europa, que dependem fortemente do turismo. A TUI, maior operadora de turismo da Europa, observa um crescente interesse por destinos nórdicos, mas as reservas ainda são baixas em comparação com os favoritos do Mediterrâneo.
A Autoridade Nacional de Turismo de Portugal afirma que a demanda permanece robusta, apesar de alguns incêndios localizados. A infraestrutura turística do país está preparada para lidar com esses desafios, garantindo que a maioria das regiões continue a receber visitantes.
O Futuro do Turismo
A tendência das coolcations deve se consolidar nos próximos anos, com previsões de que a alta temporada do Mediterrâneo se desloque para os meses de maio, junho, setembro e outubro. A adaptação do setor turístico a essa nova realidade climática será crucial para sua sobrevivência. Investimentos em infraestrutura resiliente ao clima e experiências alternativas serão essenciais para manter a atratividade dos destinos europeus.