- A Motiva está finalizando a venda de 20 aeroportos no Brasil e na América Latina.
- As propostas vinculantes devem ser entregues em setembro, com a transação avaliada entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões.
- A venda será realizada por meio de um consórcio, formado por operadores de aeroportos e investidores financeiros.
- O CEO da Motiva, Miguel Setas, espera que o negócio seja concluído ainda este ano, com novidades até o final de 2025.
- A Motiva opera 17 aeroportos no Brasil e três na América Latina, movimentando cerca de 43 milhões de passageiros por ano e gerando R$ 4,3 bilhões em receita líquida anual.
A Motiva, anteriormente conhecida como CCR, está em fase final para a venda de 20 aeroportos no Brasil e na América Latina. As propostas vinculantes devem ser entregues em setembro, com a transação avaliada entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões. A venda será realizada por meio de um consórcio, uma estratégia adotada devido à dificuldade em atrair um único comprador para todos os ativos.
O consórcio será composto por operadores de aeroportos e investidores financeiros que já atuam no setor. Essa abordagem permitirá que, em uma segunda fase, os participantes possam dividir os ativos entre si. O CEO da Motiva, Miguel Setas, destacou que a expectativa é que o negócio seja finalizado ainda este ano, com novidades até o final de 2025.
A Motiva opera 17 aeroportos no Brasil, incluindo o de Belo Horizonte, e três na América Latina, como os de Curaçao. Até o momento, ao menos 12 operadoras e fundos, tanto locais quanto internacionais, demonstraram interesse nos ativos. Entre os interessados estão os europeus Fraport, Zurich, Vinci e Aena, além de grupos mexicanos e argentinos.
O cenário para a venda de aeroportos é considerado desafiador, especialmente em comparação com outras áreas operadas pela Motiva, como rodovias. A previsão de passageiros é mais incerta, refletindo em concessões anteriores. Os terminais da Motiva movimentam cerca de 43 milhões de passageiros por ano e geram R$ 4,3 bilhões em receita líquida anual, com R$ 1,4 bilhão em Ebitda, sendo a maior parte proveniente de aeroportos internacionais.