Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Primas de risco europeias superam crise de dívida após 16 anos de desafios

Primas de risco no sul da Europa caem para níveis baixos, mas desafios fiscais permanecem em meio a um crescimento econômico estável

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Escultura do euro na sede do BCE em Fráncfort. (Foto: FLORIAN WIEGAND/EFE)
0:00 0:00
  • As primas de risco de Espanha e Itália estão em níveis baixos, com a espanhola a 56 pontos e a italiana a 80 pontos.
  • Essa redução reflete um crescimento econômico estável e a intervenção do Banco Central Europeu (BCE) para conter a especulação.
  • Durante a crise de dívida de 2010 a 2012, a prima de risco espanhola chegou a 640 pontos e a italiana a 550 pontos.
  • O BCE implementou o Instrumento de Proteção de Transmissão (TPI) para agir contra aumentos injustificados nas primas de risco.
  • Apesar da melhora, a dívida da Itália está em 129% do PIB e a da França em 112%, com um déficit público de 5,8%.

As primas de risco, que antes atormentavam países do sul da Europa, como Espanha, Itália e Grécia, estão agora em níveis historicamente baixos. A espanhola está em 56 pontos e a italiana em 80, refletindo um crescimento econômico estável e a intervenção do Banco Central Europeu (BCE) para conter a especulação.

Durante a crise de dívida de 2010 a 2012, as primas de risco dispararam, levando a severas políticas de austeridade. A espanhola chegou a 640 pontos em 2012, enquanto a italiana atingiu 550 pontos. Após um longo processo de recuperação, a situação atual é bem diferente. O BCE implementou o Instrumento de Proteção de Transmissão (TPI), que permite agir rapidamente contra aumentos injustificados nas primas de risco.

O cenário atual é marcado por um crescimento econômico robusto, especialmente em Portugal e Espanha, onde a dívida pública, embora crescente, representa 103,4% do PIB, uma leve queda em relação ao ano anterior. O FMI projeta que a Espanha será a economia desenvolvida com maior crescimento em 2023, estimando um aumento de 2,5%.

Análise do Cenário

Apesar da melhora, a disciplina fiscal ainda é um desafio. A dívida da Itália está em 129% do PIB, enquanto a da França é de 112%, com um déficit público de 5,8%. Especialistas como Roberto Scholtes, do Singular Bank, afirmam que a redução das primas de risco não se deve apenas a melhorias fiscais, mas também ao aumento das rentabilidades dos títulos alemães.

A decisão da Alemanha de aumentar seu gasto orçamentário e a flexibilização das regras fiscais da UE para investimentos em defesa e infraestrutura também contribuíram para a compressão das primas de risco. Com exceção da França, os indicadores de dívida e déficit da zona do euro mostram uma situação fiscal mais ordenada em comparação com os Estados Unidos e o Reino Unido.

Os analistas alertam que, embora os riscos extremos tenham diminuído, as primas de risco podem subir novamente. O BCE já começou a reduzir seu balanço, o que pode impactar o mercado de dívida. A expectativa é que a prima de risco espanhola não ultrapasse 70 pontos neste ano, sinalizando uma nova fase de estabilidade na economia da zona do euro.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais