- O índice de atividade empresarial da zona do euro subiu para 51,1 em agosto, o maior crescimento em 15 meses.
- O PMI (índice de gerentes de compras) composto, que mede serviços e manufatura, passou de 50,9 em julho para 51,1, superando a expectativa de 50,6.
- A manufatura registrou sua primeira expansão desde junho de 2022, com o PMI do setor alcançando 50,5.
- O euro se manteve estável em R$ 1,1654, enquanto os títulos soberanos da região apresentaram perdas, com o rendimento dos papéis alemães de 10 anos subindo para 2,73%.
- A inflação na zona do euro permanece em torno da meta de 2%, e a economia cresceu apenas 0,1% no segundo trimestre de 2023.
O índice de atividade empresarial da zona do euro alcançou em agosto o maior crescimento em 15 meses, subindo para 51,1, conforme dados da S&P Global. Este aumento reflete a superação de uma longa recessão na indústria, mesmo diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos. O PMI composto, que mede a atividade em serviços e manufatura, passou de 50,9 em julho para 51,1, superando as expectativas de 50,6.
A manufatura, em particular, surpreendeu ao registrar sua primeira expansão desde junho de 2022, com o PMI do setor avançando para 50,5. A indústria alemã também se aproxima do fim de uma queda de três anos. Cyrus de la Rubia, economista do Hamburg Commercial Bank, afirmou que, apesar das dificuldades, as empresas na zona do euro estão se adaptando bem.
Após a divulgação dos dados, o euro se manteve estável em US$ 1,1654, enquanto os títulos soberanos da região apresentaram perdas, com o rendimento dos papéis alemães de 10 anos subindo para 2,73%. Esses dados reforçam a percepção de resiliência da economia europeia em meio a desafios como guerras e tensões comerciais.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, comentou que a tarifa americana de 15% sobre produtos da União Europeia, em vigor desde agosto, ficou acima das projeções de junho, mas abaixo do cenário mais severo considerado. A zona do euro cresceu apenas 0,1% no segundo trimestre, uma desaceleração em relação ao 0,6% do início do ano, impulsionada por compras antecipadas devido às tarifas. A inflação permanece em torno da meta de 2% do BCE, e analistas esperam que a taxa se mantenha em 2% na reunião de setembro, continuando a pausa iniciada após um ano de cortes.