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Indústria farmacêutica europeia evita tarifas dos EUA, mas investidores permanecem céticos

Empresas farmacêuticas europeias se adaptam a novas tarifas dos EUA, mas investidores permanecem cautelosos diante da incerteza do mercado

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • As empresas farmacêuticas da Europa receberam uma boa notícia com a limitação das tarifas dos Estados Unidos sobre produtos importados a 15%.
  • Essa decisão faz parte de um acordo comercial com a União Europeia e não permitirá a acumulação com outras tarifas.
  • Apesar do alívio, o mercado reagiu com cautela, refletindo o ceticismo dos investidores sobre a estabilidade da medida.
  • O índice de saúde do Stoxx 600 caiu 0,35%, com ações de empresas como Roche e Novo Nordisk apresentando pequenas variações.
  • O acordo, anunciado em julho, surgiu após ameaças de tarifas de até 250% e pode beneficiar diversos setores, incluindo farmacêuticos e automóveis.

Empresas farmacêuticas europeias recebem alívio com novas tarifas dos EUA

As empresas farmacêuticas da Europa ganharam um respiro nesta quinta-feira, com a confirmação de que as tarifas dos Estados Unidos sobre produtos importados do setor serão limitadas a 15%. Essa decisão, parte de um acordo comercial com a União Europeia, não permitirá a acumulação com outras tarifas da UE, um ponto crucial para a indústria.

Apesar da notícia positiva, a reação do mercado foi contida, refletindo o ceticismo dos investidores sobre a estabilidade dessa decisão. O índice de saúde do Stoxx 600, por exemplo, caiu 0,35%, com ações de empresas como a Roche e a Novo Nordisk apresentando variações modestas. A incerteza persiste, especialmente em relação à política de preços do “Mais Favorecido” dos EUA, que se aplicará apenas a medicamentos genéricos.

Impacto do acordo comercial

O acordo, que foi anunciado no final de julho, surgiu após ameaças do ex-presidente Donald Trump de impor tarifas de até 250% sobre produtos farmacêuticos europeus. A falta de clareza sobre as implicações desse cenário havia gerado apreensão no setor. O comissário europeu Maroš Šefčovič destacou que o teto tarifário beneficiará diversos setores, incluindo farmacêuticos, automóveis e semicondutores.

Analistas, como Emily Field, da Barclays, apontam que a falta de um rali inicial pode ser atribuída à incerteza persistente. A investigação da Seção 232, que analisa o impacto das importações na segurança nacional dos EUA, continua sem um prazo definido para conclusão. Field observa que, apesar do alívio, os investidores ainda aguardam mais detalhes sobre a aplicação das tarifas e a política de preços.

Expectativas futuras

Michael Field, estrategista da Morningstar, considera que o acordo representa uma vitória significativa para as empresas farmacêuticas na Europa. Ele ressalta que a isenção de produtos farmacêuticos genéricos pode impulsionar a indústria química europeia, que enfrenta desafios. Embora o mercado tenha reagido de forma morna, a expectativa é que a clareza sobre o acordo comece a ser precificada à medida que os detalhes se tornem mais conhecidos.

O setor farmacêutico europeu, que exportou cerca de 120 bilhões de euros para os EUA em 2024, continua a buscar um ambiente comercial favorável. Com a nova estrutura tarifária, empresas como a AstraZeneca já estão se comprometendo a aumentar investimentos e produção nos Estados Unidos, sinalizando uma adaptação às novas condições do mercado.

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