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Lagarde defende crescimento estável da economia europeia em Jackson Hole

Lagarde aponta a resiliência do emprego na Europa e destaca a importância da imigração para o crescimento econômico, mas alerta sobre desafios futuros

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
O governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, a presidenta do BCE, Christine Lagarde, o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, e o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, passeiam juntos durante o simposio de Jackson Hole (Wyoming). (Foto: Jim Urquhart/REUTERS)
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  • Christine Lagarde, presidenta do Banco Central Europeu, destacou a resiliência do mercado de trabalho na Europa durante o simpósio de Jackson Hole.
  • A taxa de desemprego na zona do euro permanece em 6,2%, próximo de mínimos históricos.
  • Lagarde atribuiu essa estabilidade a três fatores: a menor indexação salarial à inflação, a redução das horas trabalhadas e a expansão da oferta de trabalho, com maior participação de mulheres e idosos.
  • A indexação automática dos salários à inflação caiu de 50% na década de 1970 para apenas 3% atualmente.
  • Lagarde expressou incertezas sobre o futuro crescimento da força de trabalho estrangeira e a adequação das competências dos migrantes às vagas disponíveis.

Christine Lagarde, presidenta do Banco Central Europeu (BCE), destacou a resiliência do mercado de trabalho na Europa durante o simposio de Jackson Hole, realizado no último sábado. Em seu discurso, Lagarde abordou a transição dos mercados laborais, enfatizando que a região conseguiu enfrentar a crise inflacionária sem grandes impactos no emprego.

A taxa de desemprego na zona do euro se mantém em 6,2%, próximo de mínimos históricos. Lagarde atribuiu essa estabilidade a três fatores principais: a menor indexação salarial à inflação, a redução das horas trabalhadas devido ao aumento do trabalho em tempo parcial e a expansão da oferta de trabalho, impulsionada pela participação de mulheres e idosos no mercado.

Fatores Contribuintes

Lagarde observou que a indexação automática dos salários à inflação praticamente desapareceu, passando de 50% na década de 1970 para apenas 3% atualmente. Embora 60% dos trabalhadores ainda estejam cobertos por convenções que consideram a inflação, os ajustes são gradativos, o que ajuda a conter a pressão sobre os preços.

Outro ponto relevante mencionado foi a contribuição da imigração para o crescimento econômico. Lagarde afirmou que o PIB da Alemanha seria 6% menor desde 2019 sem a presença de trabalhadores estrangeiros. Ela também citou o caso da Espanha, onde a força de trabalho imigrante foi crucial para a recuperação econômica pós-pandemia.

Desafios Futuros

Apesar dos resultados positivos, Lagarde expressou incertezas sobre a continuidade do crescimento da força de trabalho estrangeira na Europa. Ela alertou que, mesmo com a imigração significativa, o impacto na mitigação da escassez de mão de obra depende da adequação das competências dos migrantes às vagas disponíveis em setores-chave.

Com a inflação controlada em 2%, Lagarde utilizou uma citação de Alexis de Tocqueville para refletir sobre a originalidade do ciclo econômico atual. Ela destacou que, embora a política monetária frequentemente busque padrões do passado, o cenário atual apresenta características únicas e surpreendentes.

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