- Os brasileiros têm 60% dos recursos das pessoas físicas investidos em renda fixa, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
- Uma simulação recente comparou a rentabilidade de R$ 50 mil em Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Tesouro Direto.
- O CDB, que paga 100% do CDI, apresentou retorno líquido maior após impostos e taxas: R$ 56.146,25 em um ano e R$ 63.608,54 em dois anos.
- O Tesouro Direto, mesmo com rendimento bruto superior, resultou em R$ 56.072,50 em um ano e R$ 63.441,49 em dois anos, devido à taxa de custódia de 0,20% ao ano.
- O CDB é protegido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), enquanto os títulos do Tesouro Direto têm risco soberano, garantidos pelo governo federal.
Os brasileiros continuam a demonstrar uma forte preferência por investimentos em renda fixa, com 60% dos recursos das pessoas físicas alocados nessa categoria, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Entre as opções mais populares estão o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e os títulos do Tesouro Direto.
Uma simulação recente comparou a rentabilidade de um investimento de R$ 50 mil em CDB e Tesouro Direto. O CDB considerado na análise paga 100% do CDI, que acompanha a taxa Selic, atualmente em 15%. O Tesouro Direto analisado foi o título atrelado à Selic. Em valores brutos, o Tesouro Direto apresentou rendimento superior, alcançando R$ 57.500,00 em um ano, contra R$ 57.450,00 do CDB. Após dois anos, os títulos públicos chegariam a R$ 66.125,00, enquanto o CDB atingiria R$ 66.010,05.
Entretanto, a situação muda após a aplicação de impostos e taxas. O CDB, mesmo com a mesma taxa de rendimento, oferece um retorno líquido maior: R$ 56.146,25 em um ano e R$ 63.608,54 em dois anos. No Tesouro Direto, a taxa de custódia de 0,20% ao ano reduz o ganho final, resultando em R$ 56.072,50 em um ano e R$ 63.441,49 em dois anos.
Riscos e Proteções
Os investidores devem estar cientes dos riscos associados a cada tipo de investimento. No caso do CDB, o principal risco é o de crédito, ou seja, a possibilidade de a instituição financeira emissora não honrar o pagamento. Para mitigar esse risco, o CDB conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura até R$ 250 mil por CPF e por instituição em caso de insolvência. Já os títulos do Tesouro Direto são considerados de risco soberano, pois têm como garantidor o governo federal, mas não possuem a mesma proteção do FGC.
