- O dólar continua sendo a principal moeda de referência global, representando 60% das reservas oficiais e 90% das transações cambiais.
- Em 2023, o dólar teve uma queda de 13% em relação ao real.
- O euro, que representa 30% das negociações, enfrenta desafios devido a limitações fiscais e crises na zona do euro.
- A libra esterlina perdeu relevância após o Brexit e crises financeiras, registrando uma queda de 3,8% em julho de 2025.
- O franco suíço se valoriza como refúgio seguro, com uma valorização de 11,7% em relação ao dólar desde o início de 2025.
O dólar continua sendo a principal moeda de referência global, representando 60% das reservas oficiais e 90% das transações cambiais. No entanto, sua força tem sido desafiada, com uma queda de 13% em relação ao real em 2023. Nesse cenário, o euro, a libra esterlina e o franco suíço surgem como alternativas, mas enfrentam dificuldades.
O euro, que representa 30% das negociações atuais, é a segunda moeda mais utilizada no sistema financeiro internacional. Apesar disso, limitações fiscais e crises na zona do euro afetam sua confiança. Gustavo Harada, da Blackbird, destaca que a falta de um Tesouro único na região reduz a credibilidade do euro como substituto do dólar. As autoridades europeias reconhecem a necessidade de aumentar a oferta de ativos seguros em euro para fortalecer sua posição.
A libra esterlina, que já foi uma moeda de refúgio, perdeu espaço após o Brexit e crises financeiras. Em julho, a libra registrou uma queda de 3,8%, refletindo incertezas fiscais no Reino Unido. Caio Camargo, do Santander, observa que investidores agora priorizam a resiliência de mercado em vez de ver ativos britânicos como porto seguro.
Por outro lado, o franco suíço se destaca como um refúgio seguro, valorizando-se 11,7% em relação ao dólar desde o início de 2025. Sua estabilidade econômica e política atrai investidores em tempos de turbulência. Harada ressalta que a moeda suíça tende a se valorizar devido à sua baixa inflação e política monetária estável.
Diante desse cenário, especialistas recomendam diversificação entre moedas fortes para investidores com carteiras globais. Essa estratégia deve alinhar-se aos objetivos financeiros e ao perfil de risco de cada investidor, buscando proteção e valorização em um ambiente econômico incerto.