- O varejo brasileiro apresentou resultados mistos no segundo trimestre de 2025.
- O setor de vestuário teve um desempenho positivo, com Lojas Renner e C&A crescendo 17,3% e 17,0% nas vendas mesmas lojas.
- O varejo de alimentos enfrentou dificuldades devido às altas taxas de juros, com a Selic em 15,0%.
- O Mercado Livre destacou-se com um crescimento de 29% no Valor Bruto de Mercadorias (GMV) no Brasil.
- Assaí e GPA mostraram recuperação nas vendas em julho e agosto, apesar da desaceleração anterior.
O varejo brasileiro apresentou resultados mistos no segundo trimestre de 2025, com destaque para o setor de vestuário, que teve um desempenho robusto. Lojas Renner e C&A registraram crescimentos de 17,3% e 17,0% nas vendas mesmas lojas, respectivamente. Em contraste, o varejo de alimentos enfrentou desafios, impactado pelas altas taxas de juros, com a Selic alcançando 15,0%.
O banco Morgan Stanley observou que, apesar da desaceleração nas vendas de alimentos, Assaí e GPA mostraram recuperação nas vendas em julho e agosto. O crescimento do GMV (Valor Bruto de Mercadorias) do Mercado Livre foi notável, com um aumento de 29% no Brasil, impulsionado por investimentos em logística e marketing.
Desempenho do Varejo
No segmento de vestuário, além das Lojas Renner e C&A, outros varejistas como Vivara e Natura também apresentaram resultados positivos, com crescimentos de 11,0% e 10%, respectivamente. O Morgan Stanley manteve recomendações favoráveis para empresas como Mercado Livre e Azzas, destacando suas estruturas de capital defensivas e crescimento rentável.
O cenário para o terceiro trimestre de 2025 parece promissor, com expectativas de resiliência no consumo. O crescimento mediano da receita no 2T25 foi de 9% ano a ano, enquanto o EBITDA cresceu 11%. As empresas de vestuário, como Renner e C&A, reafirmaram a consistência nas vendas durante o Brazil Consumer Day.
Expectativas Futuras
Para o Mercado Livre, a expectativa de crescimento do GMV se mantém, com investimentos contínuos no Brasil. O banco também observou que, apesar do desempenho fraco em junho, Assaí e GPA reportaram melhorias significativas nas vendas nos meses seguintes. A Natura, embora tenha recebido uma recomendação neutra, está implementando esforços de simplificação.
Por outro lado, o Morgan Stanley expressou cautela em relação ao Magazine Luiza, recomendando venda devido a preocupações com a margem EBITDA e a necessidade de recuperação nas vendas de bens duráveis. O cenário do varejo brasileiro continua a evoluir, refletindo a complexidade do ambiente econômico atual.