- O governo dos Estados Unidos removeu a isenção de de minimis, que permitia a entrada de produtos importados de até 100 dólares sem tarifas, a partir de 29 de agosto.
- A mudança impactou diversas indústrias, como papelaria e moda de luxo, resultando em aumentos significativos nos custos para consumidores e empresas.
- Produtos que antes eram isentos agora podem gerar impostos de 15 a 100 dólares ou mais, levando consumidores a reconsiderar suas compras.
- Indústrias que dependem de importações enfrentam dificuldades, com aumentos de preços e interrupções nas vendas.
- Consumidores estão buscando alternativas locais ou adiando compras, refletindo um comércio internacional mais restrito.
O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, anunciou a remoção da isenção de de minimis, que permitia a entrada de produtos importados de até 100 dólares sem tarifas. Essa mudança, efetiva a partir de 29 de agosto, impactou diversas indústrias, desde papelaria até moda de luxo, resultando em aumentos significativos nos custos para consumidores e empresas.
Com a nova política, produtos como planners e acessórios, que antes eram isentos de tarifas, agora podem gerar impostos que variam de 15 a 100 dólares ou mais. Isso levou muitos consumidores a reconsiderar suas compras, temendo que os custos adicionais possam dobrar o preço final dos produtos. As consequências são visíveis em setores variados, como brinquedos, eletrônicos e moda, onde empresas estão ajustando seus preços ou suspendendo vendas para os Estados Unidos.
Impactos no Comércio
A situação se agravou para indústrias que dependem de importações. Por exemplo, partes de Lego estão indisponíveis na América do Norte, enquanto vendedores de câmeras usadas enfrentam dificuldades em atender clientes americanos. Além disso, empresas de artesanato, como a Merchant & Mills, anunciaram aumentos de preços de 15% para cobrir os novos impostos, e algumas até suspenderam pedidos de produtos de países como a Índia, onde as tarifas chegaram a 50%.
O setor de moda também não escapou. A varejista canadense SSENSE, por exemplo, começou a incluir taxas de importação no checkout, com um hoodie de 326 dólares agora custando 69,83 dólares a mais em impostos. A empresa, que já enfrentava dificuldades financeiras, entrou com pedido de proteção contra falência, em parte devido ao fim das isenções.
Mudanças no Comportamento do Consumidor
Os consumidores americanos estão se adaptando a essa nova realidade, com muitos buscando alternativas locais ou adiando compras. A situação é um reflexo de um comércio que, até então, era caracterizado por acesso fácil e imediato a produtos internacionais. Agora, muitos se veem diante de um cenário onde a e-commerce ilimitada se torna uma lembrança distante.
As mudanças nas políticas comerciais dos EUA estão criando um ambiente de incerteza, onde tanto consumidores quanto empresas precisam se ajustar rapidamente. A expectativa é que esses novos desafios continuem a moldar o comércio internacional e o comportamento do consumidor nos próximos anos.