- O governo federal anunciará um pacote de ajuda de R$ 10 a R$ 12 bilhões para agricultores endividados.
- A medida visa auxiliar produtores afetados por crises climáticas, como secas e enchentes.
- Os novos empréstimos terão juros subsidiados: 6% para agricultores familiares, 8% para médios produtores e 10% para grandes produtores.
- Haverá carência de um a dois anos e prazo de pagamento de até oito anos, com critérios específicos para acesso.
- O anúncio ocorrerá na feira agropecuária Expointer, no Rio Grande do Sul, um dos estados mais impactados pelas crises climáticas.
Nesta sexta-feira (5), o governo federal anunciará um pacote de ajuda de R$ 10 a R$ 12 bilhões para agricultores endividados, por meio de uma medida provisória. O objetivo é auxiliar produtores que enfrentam dificuldades financeiras devido a crises climáticas severas, como secas e enchentes. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) destacou que os novos empréstimos visam a quitação de dívidas antigas.
Os juros dos empréstimos serão subsididos: 6% para agricultores familiares no Pronaf, 8% para médios produtores no Pronampe e 10% para grandes produtores. Além disso, haverá um período de carência de um a dois anos e um prazo de pagamento de até oito anos. Para acessar os recursos, os produtores devem atender a critérios específicos, como ter enfrentado pelo menos duas situações de emergência nos últimos cinco anos e ter perdas superiores a 30% da safra.
Contexto das Medidas
A proposta será apresentada pelos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, durante a abertura da feira agropecuária Expointer, no Rio Grande do Sul. O estado é um dos mais afetados pelas crises climáticas, tendo enfrentado três anos de seca seguidos de uma enchente histórica em 2024. Embora o foco esteja no Rio Grande do Sul, as medidas se estenderão a todo o país.
A decisão do governo também visa aliviar a situação do Banco do Brasil, que registrou aumento da inadimplência entre os produtores rurais. Executivos da instituição, uma das principais financiadoras do agronegócio, afirmaram que o desempenho no terceiro trimestre será impactado pelos calotes na carteira agrícola. Com essa nova iniciativa, espera-se proporcionar um respiro financeiro aos agricultores e contribuir para a recuperação do setor.