- Marcello Brito, secretário executivo do Consórcio Amazônia Legal, destaca a importância de discutir a geração de riqueza na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30) em novembro, em Belém.
- Ele ressalta que a conservação ambiental deve ser equilibrada com a produção para o bem-estar da população local, que enfrenta pobreza e desigualdade.
- Apenas 29% dos domicílios na Amazônia têm acesso a saneamento básico adequado.
- Brito critica a nova regulamentação da União Europeia sobre desmatamento (EUDR), que pode limitar a importação de produtos da Amazônia, mas expressa otimismo sobre acordos comerciais com a Europa.
- Ele participou do Fórum Latino-Americano de Economia Verde, onde abordou a transição energética e os desafios do desenvolvimento sustentável na região.
A Amazônia clama por desenvolvimento sustentável e riqueza. Em entrevista à Agência EFE, Marcello Brito, secretário executivo do Consórcio Amazônia Legal, enfatizou a necessidade de discutir a geração de riqueza na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém. Brito afirmou que, embora a conservação seja fundamental, é essencial abordar também a produção para o bem-estar da população local.
A Amazônia, com 27 milhões de habitantes, enfrenta desafios significativos, como a pobreza e a desigualdade. Apenas 29% dos domicílios na região têm acesso a saneamento básico adequado. Brito destacou que a conservação e o desenvolvimento devem coexistir, alertando que a falta de entendimento sobre essa relação pode levar a mais fracassos. Ele defende o “desmatamento zero”, alinhado à meta do governo brasileiro de erradicar o desmatamento ilegal até 2030, mas critica a nova regulamentação da União Europeia sobre desmatamento (EUDR), que pode restringir a importação de produtos da Amazônia.
Brito expressou otimismo em relação a acordos comerciais com a Europa, citando a recente conclusão do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que aguardou 25 anos devido a bloqueios de alguns países europeus. Ele acredita que a atual disrupção geopolítica pode abrir espaço para um diálogo mais inclusivo e transformador nas relações comerciais. O secretário participou do Fórum Latino-Americano de Economia Verde, onde discutiu a transição energética e os desafios do desenvolvimento sustentável na região.