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Petrobras impulsiona mercado de etanol de milho, superando o de cana

Petrobras avalia ingresso no mercado de etanol de milho, que já representa 17% da produção nacional e deve crescer até 23% até 2034

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Colheita de milho na fazenda Maria Julia, localizada em Paragominas, no sul do Pará (Foto: Reprodução)
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  • A Petrobras avalia entrar no mercado de etanol de milho, que atualmente representa 17% da produção nacional.
  • A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta que essa participação aumente para 23% até 2034, com novas usinas em construção.
  • Nos últimos quatro anos, a produção de etanol de milho cresceu de 8% para 17%.
  • A associação dos grandes produtores de etanol de milho, UNEM, informa que existem 24 biorrefinarias em operação e 32 em diferentes estágios de autorização e construção.
  • A entrada da Petrobras pode enfrentar desafios devido à proibição de atuar como distribuidora até 2029 e à concorrência com empresas já estabelecidas no setor.

A Petrobras está avaliando a possibilidade de ingressar no mercado de etanol de milho, que já representa 17% da produção nacional. Essa mudança ocorre em um cenário onde a participação do etanol de cana-de-açúcar tem diminuído. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta que essa participação chegue a 23% até 2034, impulsionada pela construção de novas usinas.

Nos últimos quatro anos, o etanol de milho cresceu significativamente, passando de 8% para 17% da produção total. A UNEM, associação dos grandes produtores de etanol de milho, informa que atualmente existem 24 biorrefinarias em operação, com mais 32 em diferentes estágios de autorização e construção. A Inpasa, maior empresa do setor, anunciou uma joint venture com a Amaggi para erguer três novas plantas no Mato Grosso.

A rentabilidade do etanol de milho se destaca, especialmente pelo subproduto DDG, que serve como ração animal e pode cobrir até 40% dos custos com a compra de milho. O aumento da demanda interna por etanol de milho também contribui para a redução dos custos de exportação, beneficiando toda a cadeia produtiva.

Expansão do Mercado

O crescimento do etanol de milho não está apenas substituindo o etanol de cana, mas também competindo com a gasolina. O aumento da oferta tende a baixar os preços do combustível, tornando-o mais competitivo. A Petrobras, que considera parcerias no setor, vê o etanol como um vetor estratégico de baixo carbono.

Entretanto, a entrada da Petrobras no mercado pode enfrentar desafios, já que as empresas líderes, como a Inpasa, dominam o setor. A estatal está proibida de atuar como distribuidora até 2029, o que limita sua atuação direta.

Perspectivas Futuras

O etanol de milho também pode ganhar aceitação internacional, especialmente para combustíveis sustentáveis. A Organização de Aviação Civil Internacional já aprovou o uso do etanol de milho para a fabricação de combustíveis sustentáveis de aviação. O agronegócio brasileiro espera que a produção de milho, cultivada em áreas já ocupadas por soja, seja vista de forma mais favorável na União Europeia.

Enquanto isso, o setor de cana-de-açúcar aposta em inovações, como o etanol de segunda geração, que utiliza o bagaço da cana e não compete com a produção de açúcar. A dinâmica do mercado de etanol no Brasil está em transformação, refletindo novas oportunidades e desafios para os produtores e investidores.

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