- A volatilidade do mercado de títulos na Europa, especialmente no Reino Unido e na França, aumentou nesta semana.
- A saída de CEOs de grandes empresas, como o da Nestlé e da Suntory, gerou repercussão na mídia.
- Uma votação de confiança no governo francês, convocada pelo Primeiro-Ministro François Bayrou, ocorrerá na próxima segunda-feira.
- A expectativa é de que o partido governante enfrente dificuldades, o que pode levar a eleições antecipadas.
- A reunião do Banco Central Europeu (BCE) está marcada para quinta-feira, com previsão de manutenção das taxas de juros em 2%.
Nesta semana, a volatilidade do mercado de títulos na Europa, especialmente no Reino Unido e na França, ganhou destaque. A saída de CEOs de grandes empresas e a iminente votação de confiança no governo francês intensificaram as discussões sobre a situação econômica.
A demissão do CEO da Nestlé, por um caso não revelado, e a saída do CEO da Suntory, relacionada a possíveis compras de substâncias ilegais, agitaram as redações em Londres e Cingapura. Contudo, o foco principal permanece na instabilidade dos rendimentos dos títulos, que pode se intensificar nos próximos dias.
Na próxima segunda-feira, uma votação de confiança no governo francês, convocada pelo Primeiro-Ministro François Bayrou, está prevista. A expectativa é de que o partido governante enfrente uma derrota, o que pode levar o presidente Emmanuel Macron a convocar eleições antecipadas. Entretanto, é mais provável que ele busque formar um governo interino centrado.
Analistas da Nomura indicaram que os rendimentos dos títulos do governo francês, conhecidos como OATS, precisariam sofrer uma mudança significativa para provocar uma “grande perda de confiança dos investidores internacionais”. A revisão da classificação da dívida soberana da França pela Fitch, marcada para 12 de setembro, é um evento crucial a ser observado.
Reunião do BCE
A reunião do Banco Central Europeu (BCE), agendada para quinta-feira, também é aguardada com expectativa. Os analistas preveem que as taxas de juros permanecerão em 2%, com a presidente Christine Lagarde mantendo uma postura cautelosa. O BCE já enfatizou a necessidade de ser “deliberadamente não informativo” sobre futuras decisões de taxas.
Durante a coletiva de imprensa, Lagarde deverá ser questionada sobre a incerteza na França, mas economistas acreditam que ela evitará respostas diretas. Os dados econômicos da Alemanha e da França, além das informações sobre a inflação nos EUA e no Reino Unido, também serão divulgados ao longo da semana, adicionando mais camadas à análise do mercado.
