- A deflação de agosto no Brasil deve ser divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima quarta-feira.
- Espera-se uma redução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre 0,14% e 0,27%.
- O “bônus de Itaipu” na conta de luz e a queda em diversos grupos de preços são os principais fatores dessa deflação.
- Economistas projetam que, sem o efeito do bônus, o índice pode subir em setembro, com uma expectativa de alta de 0,58%.
- A inflação acumulada em doze meses pode ultrapassar 5% se a deflação de agosto for de 0,24%.
A deflação de agosto no Brasil, que será divulgada pelo IBGE na próxima quarta-feira, deve marcar a primeira queda do IPCA no ano. A expectativa é que o índice apresente uma redução entre 0,14% e 0,27%, impulsionada principalmente pelo bônus de Itaipu na conta de luz e por diminuições em diversos grupos de preços.
A prévia do IPCA-15 já indicou uma deflação de 0,14%. Economistas como André Galhardo, da Análise Econômica, projetam uma queda ainda mais acentuada, de 0,27%, mesmo considerando a cobrança da bandeira vermelha patamar 2 na energia elétrica e os reajustes em alguns serviços. Galhardo destaca que a dinâmica inflacionária continua benigna, com grupos como Alimentos, Transportes e Educação contribuindo para a redução dos preços.
Impactos do Bônus de Itaipu
O bônus de Itaipu resulta do saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica da usina, que é repassado aos consumidores através de descontos nas tarifas. Além disso, o Bradesco aponta que a deflação é refletida por reduções pontuais em itens como energia elétrica e ingressos de cinema. Contudo, sem o efeito do bônus, o índice deve se recompor em setembro, com projeções de alta de 0,58%.
No acumulado de 12 meses, a inflação pode ultrapassar a barreira dos 5% se a deflação de agosto for de 0,24%. O Boletim Focus também prevê uma alta de 0,59% para o próximo mês, indicando uma possível reversão da tendência de queda.