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Cópias de luxo ganham espaço como forma de resistência ao mercado elitista

Cresce a preferência dos jovens por dupés de luxo, com marcas como Walmart e Lululemon se adaptando à nova demanda por acessibilidade

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • O fenômeno dos “dupés” de produtos de luxo tem ganhado destaque, especialmente entre os jovens nas redes sociais.
  • Marcas como Walmart e Lululemon estão se adaptando a essa tendência, oferecendo alternativas mais acessíveis.
  • Uma pesquisa de 2023 mostrou que mais de 60% dos jovens americanos entre 13 e 39 anos preferem comprar cópias em vez dos produtos originais.
  • A plataforma Hacoo se tornou popular para a troca de informações sobre dupés, com usuários compartilhando vídeos no TikTok.
  • Escândalos envolvendo marcas de luxo têm contribuído para a desvalorização do conceito de luxo entre os jovens, que buscam justiça social através do consumo.

Recentemente, o fenômeno dos “dupés” de produtos de luxo ganhou destaque, especialmente entre os jovens nas redes sociais. Marcas como Walmart e Lululemon começaram a se adaptar a essa tendência, que reflete um crescente interesse por alternativas mais acessíveis. Uma pesquisa de 2023 revelou que mais de 60% dos jovens americanos entre 13 e 39 anos preferem comprar cópias, mesmo podendo adquirir os originais.

A plataforma Hacoo se tornou um ponto de encontro para os consumidores que buscam versões mais baratas de itens de luxo. Os usuários compartilham vídeos no TikTok mostrando suas compras, destacando a qualidade e o preço dos produtos. Essa dinâmica não apenas promove a troca de informações, mas também cria uma comunidade em torno da busca por dupés. Mia Sato, jornalista da The Verge, ressalta que essa busca é vista como um ato de justiça social, onde todos têm o direito de buscar alternativas acessíveis.

O conceito de luxo está sendo desmistificado, especialmente entre os mais jovens, que criticam a alta dos preços e a exploração nas cadeias de produção. Daniel Figuero, especialista em fragrâncias, aponta que o luxo perdeu seu valor simbólico, tornando-se uma indústria que prioriza o lucro em detrimento da qualidade. Escândalos recentes envolvendo marcas de luxo, como Loro Piana e Dior, apenas reforçam essa percepção.

A Resposta das Marcas

Grandes empresas estão se adaptando a essa nova realidade. O Walmart lançou um bolso que rapidamente foi apelidado de “Wirkin”, uma versão acessível do icônico Birkin, enquanto a Lululemon ofereceu troca de dupés por produtos originais em suas lojas. Essas estratégias mostram como as marcas estão tentando se beneficiar da narrativa dos dupés. Uma pesquisa da Nielsen revelou que 98% dos consumidores de produtos de beleza ampliaram suas rotinas graças a essas cópias, com um crescimento significativo tanto para os originais quanto para os dupés.

A era digital e os algoritmos de recomendação têm promovido a repetição de conteúdos, tornando a busca por dupés uma prática comum. A popularidade dos dupés reflete uma mudança cultural profunda, onde o status associado ao luxo é cada vez mais questionado. Assim, o fenômeno dos dupés não é apenas uma questão de consumo, mas também uma expressão de rebeldia e busca por justiça social.

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