- A Gerdau enfrenta cortes de geração de 70% em seu parque solar em Minas Gerais.
- O CEO da empresa, Gustavo Werneck, afirmou que essa situação é uma grande frustração, causada por limitações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
- O parque solar Arinos, que recebeu investimentos de R$ 1,5 bilhão, possui mais de 750 mil painéis solares.
- Durante o Neosummit COP30, Werneck criticou a prioridade dada a usinas térmicas a carvão em detrimento da energia solar.
- O CEO também mencionou o alto custo do gás natural no Brasil, que impacta a competitividade da indústria siderúrgica.
A Gerdau, uma das maiores siderúrgicas do Brasil, enfrenta desafios significativos em seu parque solar em Minas Gerais, que opera com cortes de geração de 70%. O CEO da empresa, Gustavo Werneck, destacou que essa situação é uma das maiores frustrações da companhia, ocorrendo devido a limitações impostas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Esses cortes, conhecidos como curtailment, são um problema recorrente no setor elétrico brasileiro e afetam tanto geradoras quanto autoprodutores. O parque solar Arinos, inaugurado recentemente com investimentos de R$ 1,5 bilhão, possui mais de 750 mil painéis solares. Werneck expressou sua insatisfação ao afirmar que a empresa investiu pesadamente em energia renovável, mas enfrenta restrições que comprometem sua operação.
Durante sua apresentação no Neosummit COP30, Werneck questionou a lógica de despachar usinas térmicas a carvão enquanto parques solares renováveis não operam em sua capacidade total. Ele ressaltou que a situação reflete as dificuldades enfrentadas pela indústria brasileira em relação ao fornecimento de energia.
Além dos problemas com a energia solar, o CEO também mencionou a competitividade da indústria siderúrgica, citando o alto custo do gás natural no Brasil. Enquanto a Gerdau paga US$ 16 por milhão de BTU, nos Estados Unidos o preço é de apenas US$ 3. A empresa não comentou sobre os prejuízos financeiros decorrentes das restrições do ONS.