- A Ponto Rural e o Banco Fator anunciaram a segunda rodada de captação do Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro), com meta de R$ 20 milhões.
- O objetivo é facilitar o financiamento para agricultores e revendas, além de preparar futuras captações focadas em fertilizantes.
- Na primeira rodada, o fundo levantou R$ 90 milhões sem inadimplência, com a participação de mais de 1.200 produtores rurais.
- O Fiagro, estruturado como um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), permite que fornecedores atuem como investidores, melhorando as condições de crédito.
- O total pretendido para captação do fundo é de R$ 500 milhões, com cerca de 50% desse valor vindo de fornecedores em cotas mezanino.
A Ponto Rural e o Banco Fator anunciaram, nesta sexta-feira, 12, a segunda rodada de captação do Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro), com uma meta de R$ 20 milhões. O objetivo é facilitar o financiamento para agricultores e revendas, além de preparar futuras captações focadas em fertilizantes.
Na primeira rodada, o fundo levantou R$ 90 milhões sem registrar inadimplência, contando com a adesão de mais de 1.200 produtores rurais. O Fiagro, estruturado como um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), permite que fornecedores atuem como investidores, melhorando as condições de financiamento para os agricultores. Essa abordagem visa beneficiar toda a cadeia agroindustrial.
O modelo atual permite que os produtores adquiram insumos como sementes e fertilizantes através de acordos com revendas, utilizando parte da produção futura como pagamento. O FIDC busca resolver a falta de crédito tanto para revendas quanto para agricultores, reduzindo riscos e ampliando o acesso ao financiamento. Marcos Bertomeu, gestor de fundos do agronegócio do Banco Fator, destaca que o sucesso se deve ao perfil da carteira de clientes e à qualidade do processo de seleção de crédito.
Expectativas Futuras
O total pretendido para captação do fundo é de R$ 500 milhões, com cerca de 50% desse valor vindo de fornecedores em cotas mezanino. Na primeira rodada, participaram grandes fornecedores como Corteva e Ourofino Agrociência. Com a Selic em 15% ao ano, a safra 2025/26 apresenta novos desafios, mas também oportunidades, segundo Gustavo Watarai, diretor financeiro da Ponto Rural.
Após a captação de R$ 20 milhões, novas rodadas estão previstas, priorizando fertilizantes, que são um dos principais custos dos produtores. Watarai menciona que já existem conversas avançadas com novos fornecedores, incluindo multinacionais, embora os nomes ainda não possam ser revelados. A Ponto Rural acredita que seu modelo pode servir de exemplo para outras distribuidoras que buscam alternativas de crédito.