- A Flip, plataforma de compras sociais, anunciou falência em agosto de 2025, após um crescimento inicial promissor.
- Lançada em 2019, a empresa mudou seu foco para avaliações de produtos e vídeos ao vivo, competindo com TikTok e Whatnot.
- Em janeiro de 2025, a Flip alcançou o top 5 da App Store, com um aumento de 855% nos downloads, impulsionado pela possível proibição do TikTok nos Estados Unidos.
- Apesar de arrecadar mais de R$ 230 milhões em financiamento e ter uma avaliação de R$ 1,1 bilhão, a empresa enfrentou dificuldades financeiras e demissões em massa.
- A falência da Flip, que contava com 16,5 milhões de usuários e gerou R$ 375 milhões em vendas, reflete os desafios do setor de social commerce.
A Flip, plataforma de compras sociais, anunciou sua falência em agosto de 2025, após um crescimento inicial promissor. Lançada em 2019, a empresa buscava criar uma rede social de compras, mas se reorientou para avaliações de produtos e vídeos ao vivo, competindo com gigantes como TikTok e Whatnot.
Em janeiro de 2025, a Flip alcançou o top 5 da App Store, com um aumento de 855% nos downloads em relação ao mês anterior, impulsionada pela possível proibição do TikTok nos Estados Unidos. Com mais de US$ 230 milhões em financiamento e uma avaliação de US$ 1,1 bilhão, a Flip prometia revolucionar as compras online. Contudo, apenas sete meses depois, a empresa enfrentou dificuldades financeiras e demissões em massa.
Os fundadores, Noor Agha e Jonathan Ellman, mudaram o foco da Flip em 2021, abandonando a ideia original para se concentrar em avaliações e vídeos de compras ao vivo. A empresa atraiu influenciadores como Patrick Starrr e Addison Rae, expandindo sua base de usuários em 500% no primeiro semestre de 2022. Apesar de arrecadar US$ 144 milhões em abril de 2024, a Flip não conseguiu manter o crescimento.
A tentativa de competir com o TikTok Shop, principal concorrente, resultou em altos custos de aquisição de usuários e demissões. Em junho de 2025, o aplicativo já não figurava entre os 100 mais baixados da App Store. A falência da Flip, que contava com 16,5 milhões de usuários e gerou US$ 375 milhões em vendas, destaca os desafios enfrentados por startups em um mercado saturado.
Analistas apontam que a queda da Flip reflete a fragilidade do setor de social commerce, onde muitas empresas tentam se destacar sem um modelo de negócios consolidado. Agha havia alertado sobre as dificuldades de construir uma plataforma social do zero, e a experiência da Flip confirma essa realidade.
