- Restaurantes de fast-food enfrentam dificuldades para atrair clientes no café da manhã, com um aumento de apenas 1% nas visitas, enquanto lojas de conveniência cresceram 9%.
- A mudança nas preferências dos consumidores favorece as lojas de conveniência, que oferecem opções como energéticos e snacks.
- A participação do McDonald’s no mercado matinal caiu de 33,5% em 2019 para 29,9% em 2025.
- A pandemia havia impactado as lojas de conveniência, mas elas recuperaram a vantagem, com a 7-Eleven planejando aumentar investimentos em alimentos preparados.
- A percepção de que lojas de conveniência são uma alternativa viável aos fast-foods subiu de 56% para 72% entre os consumidores.
Os restaurantes de fast-food enfrentam um desafio crescente para atrair clientes no horário do café da manhã, com as lojas de conveniência ganhando espaço no mercado. Dados da Circana mostram que, no período encerrado em julho, as visitas a cadeias de fast-food aumentaram apenas 1%, enquanto as lojas de conveniência registraram um crescimento de 9%.
O aumento da participação das lojas de conveniência no mercado de café da manhã é impulsionado por uma mudança nas preferências dos consumidores. David Portalatin, vice-presidente sênior da Circana, destaca que 87% do que os consumidores consomem pela manhã ainda vem de suas próprias casas, mas as lojas de conveniência estão se posicionando como uma alternativa viável. Wawa e Casey’s General Store são exemplos de cadeias regionais que têm investido em opções alimentares, atraindo novos clientes.
A pandemia havia revertido algumas das conquistas das lojas de conveniência, mas, nos últimos meses, elas recuperaram a vantagem. A 7-Eleven, maior rede de conveniência dos EUA, planeja aumentar seus investimentos em alimentos preparados, seguindo o modelo de sucesso de sua operação no Japão. Além disso, a RaceTrac anunciou a aquisição da Potbelly por cerca de 566 milhões de dólares, embora os planos para a cadeia de sanduíches ainda não estejam claros.
Os restaurantes de fast-food têm visto uma queda contínua no tráfego matinal, com um declínio de 8,7% nas visitas no segundo trimestre. Chris Kempczinski, CEO do McDonald’s, afirmou que o café da manhã é o segmento mais sensível economicamente, já que os consumidores tendem a optar por não tomar café da manhã ou a comer em casa. O McDonald’s, que dominava o setor, viu sua participação nas visitas matinais cair de 33,5% em 2019 para 29,9% em 2025.
Para reverter essa tendência, as cadeias de fast-food estão se inspirando nas estratégias das lojas de conveniência. O foco em alimentos preparados tem sido uma tática eficaz para as lojas, que também se beneficiam do aumento do tráfego durante as horas de pico. 72% dos consumidores agora veem as lojas de conveniência como uma alternativa real aos fast-foods, um aumento significativo em relação aos 56% do ano passado.
As lojas de conveniência oferecem uma variedade de opções, como energéticos, smoothies e snacks, que atraem os consumidores. A qualidade dos alimentos é um fator crucial, e as lojas que focam em produtos frescos estão conquistando mais clientes. Brady Caviness, um consumidor, mencionou que prefere a pizza de café da manhã da Casey’s quando viaja, destacando a diversidade de opções disponíveis nas lojas de conveniência em comparação com os fast-foods.
