- A região do Chianti Classico, na Toscana, introduziu 11 novas subzonas oficiais (UGAs) para melhorar a qualidade dos vinhos.
- As subzonas já estão nos rótulos das safras de 2020 e 2021 e visam destacar a singularidade dos vinhedos e práticas sustentáveis.
- O especialista em vinhos Alessandro Masnaghetti ressaltou a diversidade do terroir, que influencia as características dos vinhos.
- O presidente do Consorzio do Chianti Classico, Giovanni Manetti, considera as UGAs uma “conquista histórica” e destaca a exigência do uso exclusivo de uvas da propriedade.
- A safra de 2021 é considerada uma das melhores desde 2016, com vinhos como Isola e Olena Chianti Classico (US$ 32), Querciabella Chianti Classico (US$ 33) e Fontodi Vigna del Sorbo Gran Selezione (US$ 120) se destacando.
Recentemente, a região do Chianti Classico, na Toscana, anunciou a introdução de 11 novas subzonas oficiais (UGAs) com o objetivo de aprimorar a qualidade dos vinhos locais. Essas subzonas, que já aparecem nos rótulos das safras de 2020 e 2021, são uma resposta às críticas sobre a categoria de vinhos Gran Selezione, que busca destacar a singularidade dos vinhedos e promover práticas sustentáveis.
Durante uma visita à região, o especialista em vinhos Alessandro Masnaghetti destacou a diversidade do terroir, mostrando como as características do solo e do clima influenciam os vinhos. Giovanni Manetti, presidente do Consorzio do Chianti Classico, considera as UGAs uma “conquista histórica”, enfatizando que as novas regras exigem o uso exclusivo de uvas cultivadas na propriedade, aumentando a proporção da uva sangiovese.
Foco na Sustentabilidade
A transformação do Chianti Classico vai além das novas subzonas. Vinícolas estão investindo em pesquisas sobre solo e variedades de uvas. O Castello di Brolio, por exemplo, identificou 19 tipos de solo em sua propriedade, enquanto o Castello di Fonterutoli está explorando o cultivo em altitudes mais elevadas, adaptando-se às mudanças climáticas.
Além disso, a região se destaca por ter a maior quantidade de vinhedos certificados como orgânicos na Itália. Francesco Mazzei, do Castello di Fonterutoli, observa que as florestas locais atuam como um “ar-condicionado natural”, ajudando a preservar a biodiversidade e a mitigar os efeitos do aquecimento global.
Vinhos em Destaque
A safra de 2021 é considerada uma das melhores desde 2016, com vinhos que apresentam aromas complexos e uma energia vibrante. Entre os destaques estão:
1. 2021 Isola e Olena Chianti Classico (US$ 32) – Uma mistura impressionante de sangiovese e canaiolo.
2. 2021 Querciabella Chianti Classico (US$ 33) – Um vinho vibrante e complexo, certificado como orgânico e vegano.
3. 2021 Fontodi Vigna del Sorbo Gran Selezione (US$ 120) – Reconhecido por sua potência e estrutura, proveniente de um vinhedo único.
Esses vinhos, que refletem a identidade do Chianti Classico, estão se tornando cada vez mais valorizados, ao lado de renomados Brunello di Montalcino e Super Tuscans. A nova abordagem dos produtores, focada na qualidade e na sustentabilidade, promete elevar ainda mais o prestígio da região.