- Um estudo da Universidade de Mannheim indica que a Espanha terá as maiores perdas econômicas da União Europeia em 2025, estimadas em 12.200 milhões de euros.
- As perdas são atribuídas a ondas de calor e secas, com a Espanha representando quase 30% do total de 43.000 milhões de euros em perdas para 16 países da UE.
- Para 2029, as perdas acumuladas na UE podem chegar a 126.000 milhões de euros, sendo 34.800 milhões de euros somente da Espanha.
- O estudo analisou os impactos de ondas de calor, secas e inundações, afetando setores como construção, turismo e agricultura.
- Os pesquisadores destacam a necessidade urgente de reduzir emissões e investir em adaptações para mitigar os efeitos do clima extremo na economia europeia.
Um novo estudo da Universidade de Mannheim aponta que a Espanha enfrentará as maiores perdas econômicas da União Europeia em 2025, com um impacto estimado em 12.200 milhões de euros devido a ondas de calor e secas. O relatório destaca que os países mediterrâneos, como Itália e Grécia, também estão entre os mais afetados por fenômenos climáticos extremos.
Os pesquisadores analisaram os efeitos econômicos de eventos climáticos severos ocorridos durante o verão de 2023. As perdas totais para os 16 países da UE que vivenciaram esses fenômenos podem chegar a 43.000 milhões de euros. A Espanha, sozinha, será responsável por quase 30% desse total. Para 2029, as perdas acumuladas na UE podem alcançar 126.000 milhões de euros, com 34.800 milhões atribuídos à Espanha.
O estudo focou em três tipos de eventos climáticos: ondas de calor, secas e inundações. Cada um desses fenômenos impacta diferentes setores da economia. Por exemplo, as altas temperaturas reduzem a produtividade em setores como construção e turismo, enquanto a seca afeta diretamente a agricultura. Além disso, as inundações prejudicam a infraestrutura e interrompem cadeias de suprimento.
Impactos Regionais
Os países do sul da Europa, como Espanha, Itália, Portugal e Grécia, estão mais expostos a ondas de calor e secas. Em contraste, na região norte, como Dinamarca e Suécia, as inundações são os eventos mais destrutivos. Embora não tenham ocorrido muitos episódios significativos de inundações neste verão, os pesquisadores alertam que esses eventos estão aumentando em frequência e intensidade.
Além das perdas diretas, o estudo não considerou o impacto econômico dos incêndios florestais, que também afetaram severamente a Península Ibérica. A pesquisadora Sehrish Usman, da Universidade de Mannheim, ressalta a necessidade de mais estudos para quantificar os danos causados por esses incêndios e outros eventos extremos.
Os autores do relatório enfatizam que o clima extremo já está impactando a economia europeia. Eles defendem a urgência de reduzir emissões e aumentar investimentos em adaptações, como a proteção das cidades contra ondas de calor. Embora essas medidas possam ser custosas, os pesquisadores alertam que a inação resultará em custos ainda maiores no futuro.