- O Papa Leão XIV criticou a disparidade de renda entre executivos e trabalhadores, mencionando o pacote salarial de $ 1 trilhão proposto para Elon Musk, CEO da Tesla.
- Em entrevista ao site Crux, o Papa destacou que os CEOs ganham atualmente 600 vezes mais que o trabalhador médio, em comparação com quatro a seis vezes há 60 anos.
- A proposta de remuneração para Musk está ligada ao crescimento da Tesla, que deve aumentar oito vezes na próxima década.
- O Papa, que recebe um salário anual superior a $ 400 mil, questionou o impacto de Musk se tornar o primeiro trilionário do mundo.
- A crítica do Papa reflete uma preocupação com a crescente desigualdade social e a falta de cumprimento das promessas de doação por bilionários.
O Papa Leão XIV criticou a disparidade de renda entre executivos e trabalhadores, destacando o pacote salarial de US$ 1 trilhão proposto para Elon Musk, CEO da Tesla. Em entrevista ao site Crux, o pontífice expressou preocupação com a crescente desigualdade, afirmando que os CEOs atualmente ganham 600 vezes mais que o trabalhador médio, em comparação com quatro a seis vezes há 60 anos.
A proposta de remuneração para Musk está atrelada ao crescimento da Tesla, que deve aumentar oito vezes na próxima década. O Papa, que recebe um salário anual superior a US$ 400 mil, questionou o significado de Musk se tornar o primeiro trilionário do mundo. Ele enfatizou que essa situação reflete uma crise de valores, onde a riqueza extrema é priorizada.
Crescimento da Riqueza dos Bilionários
Dados do Instituto de Estudos Políticos revelam que, entre as 100 empresas da S&P 500 com menor remuneração média, os CEOs receberam em média US$ 17,2 milhões em 2024, enquanto os trabalhadores ganharam apenas US$ 35.570. Essa diferença representa uma proporção alarmante de 632 para 1. Enquanto isso, a riqueza dos bilionários aumentou três vezes mais rápido em 2024 do que no ano anterior, com os 1% mais ricos acumulando quase US$ 34 trilhões na última década.
Além disso, muitos bilionários não cumpriram suas promessas de doação através do The Giving Pledge, que incentiva a doação de pelo menos 50% da riqueza. Apenas nove dos 256 signatários cumpriram o compromisso, e a maioria das doações foi destinada a fundações privadas, levantando questões sobre a eficácia dessas iniciativas.
Desafios para os Trabalhadores
Enquanto a riqueza dos ultra ricos cresce, os trabalhadores enfrentam desafios como inflação, estagnação salarial e um mercado de trabalho restrito. A crítica do Papa surge em um contexto onde a desigualdade social se torna cada vez mais evidente, refletindo uma necessidade urgente de reavaliar as prioridades econômicas e sociais.