- A T. Rowe Price Group lançou um novo fundo de títulos corporativos para arrecadar até US$ 500 milhões.
- O objetivo é investir em segurança hídrica e proteção marinha em mercados emergentes.
- O fundo conta com o apoio de Lukas Walton e da Builders Vision, que já investiu US$ 200 milhões no projeto.
- A gestora se uniu à International Finance Corporation (IFC) para desenvolver a estratégia.
- O mercado de títulos azuis está avaliado em cerca de US$ 20 bilhões, com potencial para novas emissões de até US$ 2,5 bilhões nos próximos 12 a 18 meses.
A T. Rowe Price Group anunciou o lançamento de um novo fundo de títulos corporativos, com o objetivo de arrecadar até US$ 500 milhões para investimentos em segurança hídrica e proteção marinha em mercados emergentes. O fundo conta com o apoio de Lukas Walton, herdeiro do Walmart, e da Builders Vision, plataforma de impacto que já investiu US$ 200 milhões no projeto.
A gestora de ativos, com sede em Baltimore, se uniu à International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial, para desenvolver essa estratégia. O diretor de renda fixa de mercados emergentes da T. Rowe, Samy Muaddi, destacou que a expectativa é que os investidores obtenham retornos anuais de até 400 pontos-base acima dos títulos do Tesouro dos EUA.
O fundo visa catalisar o investimento privado em blue finance, um conceito que busca direcionar recursos para projetos que enfrentam desafios como poluição da água e mudanças climáticas. Os blue bonds, introduzidos pelo Banco Mundial em 2018, têm como objetivo financiar iniciativas que protejam os recursos hídricos e promovam a economia azul.
Desafios e Oportunidades
O mercado de títulos azuis está avaliado em cerca de US$ 20 bilhões, com emissores de mercados emergentes representando aproximadamente 15% desse total. A T. Rowe estima que nos próximos 12 a 18 meses, podem surgir até US$ 2,5 bilhões em novas emissões de blue bonds corporativos.
Apesar do crescente interesse, atrair investidores para produtos financeiros voltados à conservação da água continua sendo um desafio. Muaddi enfatizou que o setor privado é crucial para preencher essa lacuna. A T. Rowe, que já havia tentado levantar mais de US$ 500 milhões anteriormente, agora vê uma aceleração no tema água, acreditando que as finanças azuis representam uma área de crescimento sustentável.