- O governo espanhol retirou 53.876 imóveis irregulares do aluguel turístico.
- A medida foi anunciada pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez em Málaga no dia 14 de setembro.
- Os imóveis serão destinados ao aluguel permanente, especialmente para jovens e famílias.
- A maioria dos imóveis irregulares está nas regiões de Andaluzia, Ilhas Canárias, Catalunha e Comunidade Valenciana.
- O Airbnb afirmou que está colaborando com o governo para regularizar os imóveis listados.
O governo espanhol, sob a liderança do primeiro-ministro Pedro Sánchez, anunciou a retirada de 53.876 imóveis irregulares do aluguel turístico. A medida, divulgada durante um evento em Málaga no último domingo (14/9), visa destinar essas propriedades ao aluguel permanente, especialmente para jovens e famílias.
De acordo com o Ministério da Habitação, muitos desses imóveis estão listados em plataformas como Airbnb e Booking.com sem a devida regularização. A ação é uma resposta à crescente tensão entre o turismo de massa e a crise habitacional que afeta diversas regiões do país, principalmente no sul, onde a atividade turística é mais intensa.
Regiões Impactadas
A maior parte dos imóveis irregulares se concentra em regiões como Andaluzia, Ilhas Canárias, Catalunha e Comunidade Valenciana. A Andaluzia lidera com 16.740 unidades irregulares, seguida pelas Ilhas Canárias com 8.698 e Catalunha com 7.729. Cidades como Sevilha, Marbella e Barcelona estão entre as mais afetadas, com milhares de registros cancelados.
Sánchez destacou que a ação é necessária para corrigir as “milhares de irregularidades” encontradas. Ele enfatizou que o objetivo é transformar essas propriedades em aluguéis permanentes, ajudando a aliviar a pressão sobre o mercado imobiliário.
Resposta do Setor
Em resposta ao anúncio, o Airbnb afirmou que está colaborando com o governo para regularizar os imóveis listados. A plataforma informou que cerca de 70 mil imóveis já possuem registro oficial e que apenas 10% dos registros revogados estão associados a anúncios ativos, que foram removidos.
Essa iniciativa do governo espanhol reflete um esforço para equilibrar o turismo e a necessidade de habitação, em um momento em que a pressão sobre o mercado imobiliário se intensifica.