- A Caixa Econômica Federal anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 3,7 bilhões no segundo trimestre de 2025.
- O resultado representa um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas uma queda de 29,9% em comparação ao primeiro trimestre.
- O índice de inadimplência subiu para 2,66%, com aumento em relação ao ano anterior e ao primeiro trimestre.
- A margem financeira alcançou R$ 16,4 bilhões, com crescimento de 5,7% em relação ao ano passado.
- No setor imobiliário, a Caixa manteve 66,8% de participação de mercado, apesar da queda nas contratações anuais.
A Caixa Econômica Federal anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 3,7 bilhões no segundo trimestre de 2025, conforme divulgado nesta quarta-feira (17). Esse resultado representa um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, embora tenha registrado uma queda de 29,9% em comparação ao primeiro trimestre deste ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 11,9%, um aumento de 2,32 pontos percentuais em relação a junho de 2024, mas uma leve redução de 0,14 ponto percentual em relação a março.
A margem financeira da instituição atingiu R$ 16,4 bilhões, um crescimento de 5,7% em relação ao ano anterior, mantendo-se estável em comparação ao primeiro trimestre. Entre abril e junho, a Caixa originou R$ 159,7 bilhões em crédito total, um aumento de 0,4% em relação ao mesmo período de 2024 e de 5,3% em relação ao início de 2025. O saldo da carteira de crédito totalizou R$ 1,294 trilhão, refletindo um crescimento de 10,1% no ano.
Inadimplência e Provisões
O índice de inadimplência subiu para 2,66%, um aumento de 0,46 ponto percentual em um ano e de 0,17 ponto percentual em comparação a março. A provisão para perdas associadas ao risco de crédito foi de R$ 3,5 bilhões, apresentando uma redução de 19,9% em relação a 2024, mas um aumento de 68,4% em relação ao primeiro trimestre. A Caixa destacou que essa redução anual reflete a maior precisão dos modelos internos de mensuração de risco.
No setor imobiliário, a Caixa manteve sua liderança com 66,8% de participação de mercado, apesar de uma queda de 6,5% nas contratações anuais, totalizando R$ 57,3 bilhões em crédito imobiliário. O saldo da carteira imobiliária alcançou R$ 875,5 bilhões, um aumento de 11,7% em relação ao ano passado.
Desempenho no Agronegócio
O agronegócio, por sua vez, enfrentou desafios significativos, com a inadimplência saltando para 7,02%, comparado a 4,30% há três meses e 2,11% há um ano. O saldo da carteira voltada para o setor atingiu R$ 60,5 bilhões, um aumento de 2,6% em relação a 2024, mas uma redução de 4,8% em comparação a março. Esses resultados refletem a complexidade do cenário econômico e as estratégias da Caixa para manter sua posição no mercado.