- Companhias aéreas de baixo custo nos Estados Unidos, como Spirit e Frontier, enfrentam dificuldades financeiras, incluindo falências e aumento de custos pós-pandemia.
- Spirit Airlines entrou em sua segunda falência em menos de um ano, enquanto a Frontier também reporta perdas.
- Barry Biffle, CEO da Frontier, defendeu a viabilidade da companhia em resposta a críticas de Scott Kirby, CEO da United Airlines.
- Biffle destacou que a Frontier tem custos unitários mais baixos, com US$ 7,50 por assento disponível, e prevê crescimento de receita em 2026, apesar de um prejuízo de US$ 70 milhões no segundo trimestre.
- A competição entre as companhias aéreas se intensifica, com empresas tradicionais adotando modelos de tarifas básicas semelhantes aos das low-cost.
Companhias aéreas de baixo custo nos EUA enfrentam desafios financeiros
As companhias aéreas de baixo custo nos Estados Unidos, como Spirit e Frontier, estão passando por dificuldades financeiras significativas. Spirit Airlines entrou em sua segunda falência em menos de um ano, enquanto enfrenta um aumento nos custos pós-pandemia e uma concorrência acirrada com grandes redes aéreas.
Em resposta a críticas de Scott Kirby, CEO da United Airlines, sobre a viabilidade do modelo de desconto, Barry Biffle, CEO da Frontier, defendeu sua empresa durante o Skift Global Forum em Nova York. Biffle afirmou que a Frontier possui custos unitários mais baixos, com US$ 7,50 por assento disponível, em comparação com os US$ 12,36 da United no segundo trimestre. Ele destacou que a Frontier atende a um público que, muitas vezes, não voaria de outra forma.
Kirby, por sua vez, previu que a Spirit Airlines não conseguiria se manter no mercado, afirmando que, se Biffle deseja que a Frontier seja a maior entre as companhias de baixo custo, ele será o “último homem em um navio afundando”. A competição entre as companhias aéreas se intensificou, com várias delas, incluindo JetBlue, adicionando novos voos em rotas da Spirit para atrair seus clientes.
Desafios e previsões para o futuro
As companhias aéreas de baixo custo enfrentam um cenário desafiador, com um aumento nos custos operacionais e uma superoferta de voos domésticos que pressionam as tarifas para baixo. Biffle previu um crescimento na receita da Frontier em 2026, apesar de um prejuízo de US$ 70 milhões no segundo trimestre. Ele acredita que a empresa está se preparando para um futuro mais lucrativo, com uma previsão de crescimento de receita unitária na faixa de um dígito médio a alto no terceiro trimestre.
As mudanças no comportamento do consumidor também estão impactando o setor. As companhias aéreas tradicionais estão adotando modelos de tarifas básicas que se assemelham aos das low-cost, enquanto as empresas de baixo custo tentam oferecer opções mais sofisticadas e pacotes que incluem serviços anteriormente cobrados à parte.