- O Corinthians registrou um prejuízo líquido de R$ 182 milhões, elevando sua dívida para R$ 1,9 bilhão.
- O economista Fernando Ferreira, da Pluri Sports, classificou a situação como “trajetória insustentável”.
- Apesar de receitas recordes de R$ 1,115 bilhão em 2024, os gastos totais aumentaram 39%, totalizando quase R$ 1,3 bilhão.
- As despesas sociais e financeiras foram as principais responsáveis pela dívida, com gastos sociais superando R$ 180 milhões e despesas financeiras líquidas de R$ 279 milhões.
- Ferreira recomenda cortes nas despesas correntes e reestruturação do endividamento para que o clube possa voltar a competir de forma sustentável.
O Corinthians enfrenta uma grave crise financeira, com um prejuízo líquido de R$ 182 milhões e uma dívida que alcançou R$ 1,9 bilhão. A situação foi analisada pelo economista Fernando Ferreira, da Pluri Sports, que descreveu o cenário como uma “trajetória insustentável”.
Apesar de ter registrado receitas recordes de R$ 1,115 bilhão em 2024, um aumento de 19% em relação ao ano anterior, os gastos do clube cresceram ainda mais, com despesas totais subindo 39%, totalizando quase R$ 1,3 bilhão. Ferreira destacou que o principal responsável pela dívida é o gasto com o clube social, que superou R$ 180 milhões, além de uma despesa financeira líquida de R$ 279 milhões, a maior da história do futebol brasileiro.
Despesas e Desempenho
O estudo revela que, embora os gastos com futebol tenham aumentado apenas 4%, as despesas sociais e financeiras foram as grandes vilãs. O patrimônio líquido do clube é negativo em R$ 425 milhões, refletindo a gravidade da situação. O EBITDA, por outro lado, cresceu 27%, atingindo R$ 293 milhões, mas isso não alivia a preocupação com o futuro financeiro do clube.
Para Ferreira, a solução passa por cortes nas despesas correntes, controle das perdas do clube social e uma reestruturação do endividamento. Ele enfatiza que, nos últimos dois anos, o clube social acumulou perdas de R$ 223 milhões e que, nos últimos seis anos, as despesas financeiras somaram quase R$ 650 milhões.
Caminho a Seguir
O economista conclui que, para o Corinthians voltar a ter capacidade de investimento e competir de forma sustentável com clubes como Flamengo e Palmeiras, é essencial implementar medidas rigorosas de controle financeiro. A situação atual exige ações imediatas para evitar um colapso ainda maior nas finanças do clube.