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Inflação histórica impacta preços do cacau e café, afirma presidente da Nestlé Brasil

A Nestlé Brasil projeta crescimento em duplo dígito para este ano, apesar da queda no volume de vendas e da pressão de custos das matérias-primas.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil, fala sobre a adaptação das fábricas ao mercado local (Foto: Reprodução)
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  • A Nestlé Brasil enfrenta desafios devido à inflação elevada de matérias-primas, especialmente cacau e café.
  • O CEO Marcelo Melchior anunciou que a empresa deve crescer em duplo dígito neste ano, apesar da pressão de custos.
  • A inflação resultou em aumento de receita, mas também em queda no volume de vendas, afetando a eficiência das fábricas.
  • A empresa utiliza cerca de 70% do cacau de lavouras brasileiras e busca aumentar a produtividade nacional.
  • A Nestlé Brasil é a terceira maior operação do grupo no mundo e foca em manter produtos clássicos rentáveis.

A Nestlé Brasil enfrenta um cenário desafiador devido à inflação elevada de matérias-primas, especialmente cacau e café, que impacta sua eficiência industrial e volume de vendas. O CEO Marcelo Melchior revelou, em entrevista ao podcast “De frente com CEO”, que a empresa deve crescer em duplo dígito neste ano, apesar da pressão de custos.

Melchior destacou que a inflação de matérias-primas, que nunca havia sido tão alta, resultou em um aumento de receita, mas também em uma queda no volume de vendas. “Temos crescimento em valores, mas, com essa inflação, estamos decrescendo em volume. E isso é muito sério”, afirmou. A diminuição do volume afeta a eficiência das fábricas, que operam em alta escala, elevando o custo unitário e comprometendo a competitividade.

A Nestlé utiliza cerca de 70% do cacau de lavouras brasileiras, com o restante importado, principalmente da Costa do Marfim e Gana. Melchior enfatizou a importância de aumentar a produtividade do cacau nacional, buscando tecnificar as lavouras para alcançar um nível de sofisticação semelhante ao do café e do leite. “Todo o café que compramos e usamos no Brasil é certificado”, acrescentou.

Desafios e Estratégias

A empresa enfrenta um desafio adicional com a compra recorrente de produtos de baixo tíquete médio, como achocolatados e biscoitos. Melchior alertou que um deslize pode custar a recompra no dia seguinte, destacando a “responsabilidade gigante” da Nestlé em manter a qualidade e a consistência.

A operação da Nestlé Brasil é a terceira maior do grupo no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e China. Melchior ressaltou que o Brasil não ocupa essa posição em termos de economia ou população, o que reflete o trabalho das gerações anteriores na empresa. A estratégia atual é focar no “core business” antes de inovar, mantendo produtos clássicos como Leite Moça e Ninho rentáveis.

Recentemente, a Nestlé anunciou um crescimento de vendas acima do esperado, com uma expectativa de 0,8% em volume para 2024, impulsionado por aumentos de preços. Contudo, a margem de lucro deve ser ainda mais estreita neste ano, refletindo os altos custos das matérias-primas. Melchior concluiu que, apesar dos desafios, as expectativas para o Brasil são positivas, com um crescimento projetado em duplo dígito.

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