- O Banco da Inglaterra manteve a taxa de juros em 4% na última reunião do Comitê de Política Monetária (MPC), com uma divisão de votos de 7 a 2.
- A decisão reflete a cautela do banco em relação a cortes futuros, enquanto observa a inflação persistente e um cenário econômico incerto.
- A inflação no Reino Unido ficou em 3,8% em agosto, com a inflação subjacente subindo para 3,6%.
- A próxima reunião do MPC está agendada para 6 de novembro, antes do orçamento de outono do governo.
- Economistas destacam a necessidade de monitorar a inflação e o mercado de trabalho antes de considerar novos cortes na taxa de juros.
O Banco da Inglaterra decidiu manter a taxa de juros em 4% na última reunião do Comitê de Política Monetária (MPC), com uma divisão de votos de 7 a 2. A decisão reflete a cautela do banco em relação a cortes futuros, enquanto observa a inflação persistente e um cenário econômico incerto.
O MPC enfatizou a necessidade de monitorar a inflação e o mercado de trabalho antes de considerar qualquer redução nas taxas. O banco já havia cortado a taxa em 25 pontos base em agosto, mas agora aguarda mais evidências sobre a trajetória da inflação e do crescimento econômico. A inflação no Reino Unido permaneceu em 3,8% em agosto, com a inflação subjacente subindo para 3,6%.
Perspectivas Econômicas
Os economistas não esperavam um corte na taxa em setembro, mas estavam atentos à divisão de votos e às orientações futuras do banco. A próxima reunião do MPC, agendada para 6 de novembro, ocorrerá antes do orçamento de outono do governo, que pode incluir aumentos de impostos para lidar com um déficit orçamentário.
O Banco da Inglaterra alertou sobre os riscos de um aumento temporário na inflação, que pode pressionar salários e preços. Apesar do crescimento salarial elevado, a expectativa é de que esse crescimento desacelere nos próximos meses, o que pode aliviar as pressões inflacionárias.
Análise do Cenário
A decisão de manter a taxa reflete a preocupação com um mercado de trabalho em resfriamento e a desaceleração do crescimento. Dados recentes mostraram que não houve crescimento em julho, levantando preocupações sobre uma possível desaceleração econômica. O banco está atento a esses fatores, considerando que cortes prematuros nas taxas poderiam reativar pressões inflacionárias.
Os analistas, como Sanjay Raja, economista-chefe do Deutsche Bank, destacam que, embora haja sinais encorajadores nos dados de inflação, será necessário observar uma tendência de queda mais clara antes que o Banco da Inglaterra considere novos cortes na taxa de juros.