- O Brasil encerrou 2024 com um rebanho bovino estimado em 238,2 milhões de cabeças, uma leve queda de 0,2% em relação a 2023.
- O abate de bovinos atingiu um recorde, impulsionado pela alta nos preços da arroba de boi e pela necessidade de reequilibrar o mercado.
- A inflação das carnes subiu 20,84% em 2024, após uma deflação de 9,37% em 2023.
- Mato Grosso continua sendo o estado com o maior rebanho, com 32,9 milhões de cabeças, seguido por Pará e Goiás.
- Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal, que analisa as flutuações do setor ao longo dos anos.
O Brasil encerrou 2024 com um rebanho bovino estimado em 238,2 milhões de cabeças, conforme dados do IBGE. Esse número representa uma leve queda de 0,2% em relação ao recorde de 2023, que foi de 238,6 milhões. O rebanho, no entanto, ainda é o segundo maior da série histórica do órgão, que começou a coletar dados em 1974.
Os pecuaristas, atraídos pela alta nos preços da arroba de boi, ampliaram o efetivo nos últimos anos. Contudo, o aumento na oferta de animais resultou em uma queda nos preços, levando os produtores a acelerar os abates em busca de reequilíbrio no mercado. Em 2024, o Brasil registrou um recorde no abate de bovinos, refletindo essa dinâmica de oferta e demanda.
Inflação das Carnes
A inflação das carnes também apresentou um aumento significativo, com uma alta de 20,84% em 2024. Esse cenário se contrasta com os anos anteriores, onde a inflação foi de 32,4% em 2019, 17,97% em 2020, 8,45% em 2021 e 1,84% em 2022. Em 2023, houve uma deflação de 9,37%, mas os preços voltaram a subir no último ano, conforme os dados do IPCA.
Mato Grosso continua sendo o estado com o maior rebanho bovino do país, com 32,9 milhões de cabeças, representando 13,8% do total nacional. Pará e Goiás ocupam as seguintes posições, com 25,6 milhões e 23,2 milhões de animais, respectivamente. No âmbito municipal, São Félix do Xingu (PA) lidera com 2,5 milhões de bovinos.
Esses dados são parte da Pesquisa da Pecuária Municipal, que fornece uma visão detalhada do setor e suas flutuações ao longo dos anos. A análise do cenário atual indica que os pecuaristas estão se adaptando às novas condições de mercado, buscando estratégias para lidar com as oscilações de preços e a demanda por carne bovina.
