- A taxa Selic está em 15% ao ano e a tributação sobre investimentos, como CDBs, impacta a renda passiva.
- Para garantir R$ 1.000 mensais, um investidor precisa aplicar R$ 110.838, considerando a alíquota de 22,5% de Imposto de Renda.
- A proposta de redução da alíquota para 17,5% pode diminuir esse valor para R$ 104.120.
- Projeções indicam que a Selic pode cair para 12% até 2026. Nesse cenário, o montante necessário aumentaria para R$ 129.346, ou R$ 121.507 se a nova alíquota for aprovada.
- Investir em CDBs envolve riscos, como risco de crédito e de liquidez, e é importante analisar a solidez da instituição financeira antes de investir.
Você já se perguntou quanto é necessário investir para garantir R$ 1.000 mensais de renda passiva? Com a taxa Selic atualmente em 15% ao ano, essa quantia pode parecer distante, mas simulações indicam que é possível alcançá-la por meio de Certificados de Depósito Bancário (CDB). O economista Alan Fonseca, CFO do Grupo Integrado, explica que o montante necessário varia conforme a taxa de juros e a tributação.
Atualmente, considerando a Selic em 15% e uma alíquota de 22,5% de Imposto de Renda, o investidor precisaria aplicar R$ 110.838 para obter essa renda mensal. Contudo, a recente Medida Provisória (MP) 1.303/2025, que propõe reduzir a alíquota do IR sobre CDBs para 17,5%, pode alterar esse cenário. Se aprovada, o valor necessário cairia para R$ 104.120.
Projeções Futuras
As expectativas do mercado também apontam para uma possível queda da Selic, que pode chegar a 12% até 2026. Nesse cenário, mantendo a alíquota de 22,5%, o montante exigido para garantir R$ 1.000 mensais aumentaria para R$ 129.346. Se a MP for aprovada e a Selic estiver em 12,75%, o valor necessário seria de R$ 121.507.
Além disso, a inflação projetada em 4,4% para 2026 deve ser considerada. Fonseca alerta que, para manter o poder de compra, o investidor deve ajustar o montante aplicado conforme a inflação.
Riscos e Considerações
Investir em CDBs envolve riscos que precisam ser avaliados. Sergio Czajkowski Junior, doutor em administração, destaca quatro principais: risco de crédito, risco de mercado, risco de liquidez e risco de inadimplência. O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) oferece proteção, mas não elimina todos os riscos.
Antes de investir, é crucial analisar a solidez da instituição financeira e comparar as rentabilidades oferecidas. Bancos menores podem oferecer taxas atrativas, mas geralmente apresentam riscos maiores. Portanto, é essencial consultar relatórios de rating de crédito para tomar decisões informadas.