- O dólar caiu para R$ 5,30, o menor valor desde junho de 2024.
- Especialistas preveem uma desvalorização adicional da moeda americana, com uma queda de até 14% em relação ao real até 2025.
- Caíque Stein, da Blue3 Investimentos, recomenda que quem planeja viajar compre de 50% a 60% do valor em dólar antecipadamente.
- Luciano Telo, do UBS Wealth Management, espera uma desvalorização de 5% até o final do ano, mas alerta sobre a possibilidade de alta no câmbio devido ao aumento do diferencial de juros.
- Investidores estão migrando de títulos do Tesouro americano para ações em mercados emergentes, como o Brasil, buscando diversificação e proteção do poder de compra.
O dólar caiu para R$ 5,30, o menor patamar desde junho de 2024, refletindo uma tendência de desvalorização global da moeda americana. Especialistas indicam que este é um momento favorável para quem planeja viajar ou investir no exterior.
Caíque Stein, sócio da Blue3 Investimentos, afirma que o atual nível do dólar é vantajoso em comparação ao início do ano. Ele recomenda que quem pretende viajar no fim do ano antecipe a compra de 50% a 60% do valor que pretende gastar. As previsões apontam para uma desvalorização adicional do dólar, com uma queda de 14% em relação ao real até 2025.
Luciano Telo, do UBS WM, destaca que o dólar pode continuar a perder força, com uma expectativa de desvalorização de 5% até o final do ano. No entanto, ele alerta para a possibilidade de alta no câmbio no Brasil devido ao aumento do diferencial de juros, que deve ocorrer com a queda das taxas nos EUA.
Oportunidades de Investimento
Diego Costa, do banco de câmbio B&T, recomenda uma abordagem gradual na compra de dólares, visando criar um preço médio baixo. Ele ressalta que a instabilidade fiscal e política pode gerar volatilidade no câmbio. A estratégia de dolarização da carteira deve ser feita com disciplina, sem tentar prever o ponto mais baixo.
Com a queda do dólar, muitos investidores estão realizando uma “rotação de carteira”, migrando de títulos do Tesouro americano para ações em mercados emergentes, como o Brasil. Daniel Haddad, da Avenue, enfatiza a importância de alinhar investimentos aos objetivos e ao perfil de risco do investidor, considerando a diversificação como uma forma de proteger o poder de compra.
Paula Zogbi, da Nomad, vê o momento como propício para investimentos internacionais, destacando que as taxas de juros, embora em queda, ainda oferecem remunerações interessantes. Ela sugere que quem começar a investir agora poderá colher retornos acumulados significativos no futuro.