- A medição de audiências de streaming ganhou destaque em 2023 com o lançamento do canal digital esportivo GE TV, da Globo, em 4 de setembro.
- O canal optou por não utilizar dados de medições tradicionais, adotando contagens automáticas que refletem o consumo total de conteúdo.
- A medição de audiências de TV, que antes se baseava em amostras de lares, tornou-se insuficiente devido ao crescimento do consumo de vídeo em diversas plataformas.
- A Globo enfatiza a importância de dados abrangentes para a indústria, especialmente para a publicidade em vídeo digital, que requer informações precisas para alocação de investimentos.
- A criação de um comitê ou entidade independente para definir novas métricas é sugerida como uma solução para atender às demandas do mercado.
A discussão sobre a medição de audiências de streaming se intensificou em 2023, especialmente após o lançamento do canal digital esportivo da Globo, o GE TV, em 4 de setembro. Este canal optou por ignorar dados de medições tradicionais, utilizando contagens automáticas que refletem o consumo total de conteúdo.
Historicamente, a medição de audiências de TV era realizada por meio de amostras representativas de lares, uma prática que se tornou insuficiente com a ascensão do streaming. O consumo de vídeo agora ultrapassa as fronteiras domiciliares, sendo registrado de forma censitária em diversas plataformas, como celulares e smart TVs. Essa mudança torna as estimativas amostrais menos precisas e potencialmente enganosas.
A Globo, ao divulgar números do YouTube Studio, destaca a importância de dados mais abrangentes para a indústria. A publicidade em vídeo digital, que cresce rapidamente, depende de informações precisas para alocação de investimentos. A discussão sobre as métricas de audiência não se limita a aspectos técnicos; ela impacta diretamente as decisões de marketing e a eficiência dos anúncios.
É fundamental que a indústria da comunicação participe ativamente da definição de novas métricas e metodologias. A criação de um comitê ou uma entidade independente, como já ocorre em outros países, pode ser uma solução viável para atender às demandas do mercado. Essa abordagem pode garantir que os dados utilizados sejam relevantes e adequados às novas realidades do consumo de mídia.
