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Modelo de bicicletas de aluguel enfrenta crise em Bogotá, a capital ciclista da América Latina

Queda nas viagens e retirada de estações refletem problemas de vandalismo e falta de apoio financeiro em Bogotá.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Trânsito em uma ciclorruta em Bogotá, com ciclistas e veículos em movimento (Foto: Reprodução)
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  • A Tembici, empresa brasileira de aluguel de bicicletas, registrou uma queda de 27,15% no número de viagens em Bogotá, três anos após seu lançamento na cidade.
  • A empresa retirou temporariamente 150 estações devido a vandalismo, incluindo roubos e danos à infraestrutura.
  • Ciclistas enfrentam dificuldades para encontrar bicicletas disponíveis, com muitos veículos danificados.
  • Especialistas criticam a falta de apoio público e a estrutura de negócios da Tembici, que se tornou vista como um serviço elitista.
  • A tarifa aumentou de 1.300 pesos para 4.850 pesos por viagem, levantando preocupações sobre a acessibilidade do serviço.

Tembici enfrenta crise em Bogotá com queda de 27,15% nas viagens

A Tembici, empresa brasileira de aluguel de bicicletas, enfrenta uma queda de 27,15% no número de viagens em Bogotá, apenas três anos após seu lançamento na cidade. A situação se agrava com a retirada temporária de 150 estações devido a vandalismo, enquanto a gestão da alcaldia é criticada por sua ineficácia em lidar com os problemas.

Os ciclistas relatam dificuldades em encontrar bicicletas disponíveis, com muitos veículos danificados ou sem manutenção. O politólogo Mauricio Toro afirmou que “Tembici está morrendo em Bogotá”, refletindo o descontentamento dos usuários. A empresa, que possui um contrato com o Distrito até 2029, atribui a retirada das estações ao vandalismo, que inclui roubos e danos à infraestrutura.

Desafios e críticas à gestão

Especialistas em urbanismo, como Darío Hidalgo, destacam que a falta de apoio público e a estrutura de negócios da Tembici são deficitárias. A administração distrital, que inicialmente acreditou que a tarifa dos usuários e a publicidade seriam suficientes para a sustentabilidade do serviço, agora enfrenta um cenário complicado. A ausência de subsídios públicos tem acentuado os problemas financeiros da operação.

Fernando Rojas, especialista em gestão urbana, observa que a cidade já tentou implementar sistemas semelhantes sem sucesso. A crítica se concentra na falta de um planejamento adequado por parte do setor público, que não conseguiu adaptar o projeto à realidade local. Além disso, a Tembici se tornou vista como um serviço elitista, restrito a áreas de renda média-alta.

Futuro incerto para a mobilidade ciclística

Apesar das dificuldades, a bicicleta continua sendo um componente importante nas políticas de mobilidade de Bogotá. A ex-secretária de Mobilidade, Deyanira Ávila, ressalta que a bicicleta não é apenas um meio de transporte, mas uma ferramenta essencial para combater a desigualdade e melhorar a qualidade do ar na cidade. A administração atual, liderada por Carlos Fernando Galán, ainda não apresentou um plano claro para revitalizar o sistema de bicicletas compartilhadas.

Com o aumento da tarifa de 1.300 pesos para 4.850 pesos por viagem, a acessibilidade do serviço se torna uma preocupação. A Tembici, que contava com patrocinadores como o Banco Itaú, agora enfrenta a falta de apoio financeiro, o que pode comprometer ainda mais sua operação em Bogotá.

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