- O Brasil registrou um déficit primário de R$ 59,1 bilhões em julho de 2025, o segundo pior da série histórica.
- O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, pediu um pacto social para enfrentar as questões fiscais.
- Apesar do crescimento econômico de 3% a 3,5% nos últimos quatro anos, o país precisa melhorar sua situação fiscal para atrair investidores.
- Ceron mencionou que a taxa Selic, atualmente em dois dígitos, impacta negativamente a dívida pública e que a redução pode ocorrer em 2026, dependendo da volatilidade política.
- O CEO da B3, Gilson Finkelsztain, pediu um ambiente político menos polarizado para favorecer a economia e promover uma agenda consensual nas eleições de 2026.
O Brasil enfrenta um cenário fiscal desafiador, com um déficit primário de R$ 59,1 bilhões registrado em julho de 2025, o segundo pior da série histórica. Durante o evento AGF Day, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, enfatizou a urgência de um pacto social para enfrentar as questões fiscais que persistem há mais de uma década.
Ceron destacou que, apesar do crescimento econômico de 3% a 3,5% nos últimos quatro anos e do pleno emprego, o país precisa urgentemente melhorar sua situação fiscal para atrair investidores estrangeiros. Ele afirmou que um superávit é viável, desde que haja apoio do Congresso Nacional para a aprovação de medidas econômicas.
A taxa de juros elevada, com a Selic em dois dígitos, impacta negativamente a dívida pública. Ceron mencionou que o Banco Central pode começar a reduzir a taxa em 2026, embora a volatilidade política prevista para o ano eleitoral possa complicar esse cenário. Ele ressaltou que a convergência das expectativas de inflação é crucial para essa redução.
Ambiente Político
No mesmo evento, o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, pediu um ambiente político menos polarizado, que favoreça a economia. Ele expressou a esperança de que as eleições presidenciais de 2026 possam ser uma oportunidade para promover uma agenda política mais consensual.
Finkelsztain afirmou que a sociedade está desperdiçando energia em disputas políticas e que um alinhamento em torno de objetivos comuns beneficiaria todos os brasileiros. Ele acredita que um clima de cooperação pode ser alcançado, trazendo vantagens para a economia nacional.