- O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, favorecendo investimentos em renda fixa.
- A especialista em investimentos Andressa Bergamo recomenda o Tesouro Selic para liquidez e o Tesouro IPCA+ para proteção contra a inflação a longo prazo.
- No crédito privado, a alta inadimplência exige cautela na escolha de empresas emissoras, segundo o analista Otávio Faria.
- Vitor Duarte, da Suno Asset, sugere focar em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) de grandes companhias, além de Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
- A diversificação da carteira e a priorização da qualidade dos ativos são essenciais em um cenário de incertezas econômicas.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, criando um ambiente propício para investimentos em renda fixa. Essa decisão ressalta a importância de estratégias de investimento, especialmente em um cenário que pode se preparar para cortes na taxa de juros.
Os títulos públicos se destacam, mas o desafio é definir o peso ideal de cada indexador. A especialista em investimentos, Andressa Bergamo, recomenda o Tesouro Selic como base para quem busca liquidez e reserva de emergência. Para o longo prazo, o Tesouro IPCA+ é essencial para proteção contra a inflação, especialmente papéis com vencimento a partir de 2030, que garantem ganho real.
Oportunidades e Riscos no Crédito Privado
No mercado de crédito privado, a Selic elevada aumenta os riscos. Otávio Faria, analista da Eleven, alerta que a alta inadimplência torna a escolha de empresas emissoras crucial. Investidores devem priorizar empresas líderes com boa governança e evitar ativos de crédito de empresas desconhecidas.
Vitor Duarte, da Suno Asset, reforça que a inadimplência é uma consequência da taxa de juros alta. Ele sugere focar em CRIs e CRAs de grandes companhias, que oferecem segurança, e em LCIs e LCAs, que têm a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Para o médio prazo, a alocação em papéis de baixa e média duração é recomendada, pois oferecem prêmios interessantes com menor exposição a riscos.
Estratégias para o Investidor
Com a Selic estável, a prioridade deve ser a segurança e liquidez. Faria destaca que novos pedidos de recuperação judicial e falências podem surgir, exigindo cautela. A recomendação é diversificar a carteira, priorizando a qualidade dos ativos e evitando promessas de rendimento excessivo com alto risco.
A análise do cenário atual sugere que o investidor deve estar atento à trajetória da inflação e à política fiscal do governo, pois mudanças podem impactar diretamente os retornos reais dos títulos. A combinação de segurança e estratégia é fundamental para navegar neste ambiente de incertezas.