- O Brasil recebeu 6,5 milhões de turistas estrangeiros entre janeiro e agosto de 2025, um aumento de 46,6% em relação ao ano anterior.
- Os argentinos foram o principal grupo emissor, com 2,6 milhões de visitantes, quase o dobro de 2024, representando um crescimento de 93%.
- O ticket médio de gastos ultrapassou R$ 26,4 bilhões até agosto de 2025, comparado a R$ 23,7 bilhões em 2024.
- A desvalorização do real e a ampliação da malha aérea contribuíram para o aumento do turismo.
- O setor enfrenta desafios como a baixa conectividade entre cidades e a falta de profissionalização, que podem limitar o crescimento futuro.
O turismo brasileiro alcança um novo patamar em 2025, com 6,5 milhões de turistas estrangeiros recebidos entre janeiro e agosto, um crescimento de 46,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este número se aproxima do total de 6,7 milhões de visitantes internacionais registrados em todo o ano de 2024, indicando uma tendência de recorde até dezembro.
Os argentinos lideram como o principal mercado emissor, com 2,6 milhões de turistas, quase o dobro do registrado em 2024, representando um aumento de 93%. O Chile também se destaca, enviando 539,8 mil visitantes, um crescimento de 35,1%. Os Estados Unidos mantêm um fluxo robusto, com 516 mil turistas, alta de 12% em relação ao ano anterior.
Fatores de Atração
A presidente executiva da Braztoa, Marina Figueiredo, atribui essa recuperação à desvalorização do real, que teve uma queda de 21% em 2024, tornando o Brasil um destino mais acessível. Além disso, a promoção do país no exterior e a ampliação da malha aérea, especialmente com a Europa e América do Sul, contribuíram para o aumento do fluxo turístico.
O impacto econômico do turismo é significativo, não apenas para a rede hoteleira e restaurantes, mas também para setores culturais e do comércio local. Em 2024, o ticket médio de gastos foi de R$ 6 mil por turista, totalizando R$ 23,7 bilhões em consumo. Até agosto de 2025, esse valor já ultrapassou R$ 26,4 bilhões.
Desafios do Setor
Apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios. A conectividade entre cidades é limitada, com uma malha aérea restrita e infraestrutura deficiente em outros modais de transporte. Figueiredo destaca que a mobilidade é um gargalo crucial para expandir o turismo em novas regiões.
Além disso, a baixa profissionalização no mercado e a insegurança jurídica afastam investidores e dificultam a competitividade. Esses fatores podem impedir o setor de alcançar seu pleno potencial e atrair novas companhias aéreas e empreendimentos turísticos.