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Café brasileiro enfrenta dificuldades nos EUA com tarifas, enquanto Vietnã e Colômbia crescem

Café brasileiro enfrenta queda de até 79,5% nas exportações, enquanto Colômbia e Vietnã se destacam como principais fornecedores para os EUA

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Volume total de exportações de café solúvel aumenta 33% entre janeiro e agosto, apesar da queda no volume (Foto: Reprodução)
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  • A guerra comercial entre os Estados Unidos e o Brasil, iniciada no governo Trump, afeta o setor cafeeiro brasileiro.
  • Desde seis de agosto, tarifas de cinquenta por cento sobre o café verde e solúvel resultaram em queda nas exportações.
  • Em agosto, as exportações para os Estados Unidos caíram em cinquenta e nove vírgula nove por cento em relação ao ano anterior e cinquenta vírgula um por cento em relação a julho.
  • A Colômbia e o Vietnã se beneficiam da situação, mantendo suas vendas estáveis.
  • O preço do café nos Estados Unidos aumentou em vinte e um por cento em agosto, o maior crescimento desde mil novecentos e noventa e sete.

A guerra comercial entre os EUA e o Brasil, que começou durante o governo Trump, está afetando severamente o setor cafeeiro brasileiro. Desde 6 de agosto, tarifas de 50% sobre o café verde e solúvel do Brasil resultaram em uma queda drástica nas exportações. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS) mostram que as exportações para os EUA caíram 59,9% em agosto em comparação ao ano anterior e 50,1% em relação a julho.

As exportações de café verde também sofreram uma redução de mais de 75%. Enquanto isso, países como Colômbia e Vietnã mantêm suas vendas estáveis, beneficiando-se da situação. Aguinaldo Lima, diretor da ABICS, expressou preocupação com a queda acentuada, que frustra expectativas de recordes nas exportações de café solúvel para 2025.

Impactos nos Preços e na Competitividade

Os torrefadores americanos ainda não repassaram totalmente os custos elevados aos consumidores, mas isso deve mudar em breve. Thijs Geijer, economista sênior do ING, alerta que as torrefadoras podem optar por reduzir a qualidade do café ou aumentar os preços. O café brasileiro, historicamente preferido pelos importadores dos EUA, perdeu competitividade devido às tarifas.

A situação é ainda mais crítica para os cafés especiais, que registraram uma queda de 79,5% nas exportações em agosto. Carmem Lúcia Chaves de Brito, presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), destacou que muitos contratos foram suspensos ou cancelados, tornando inviável a realização de negócios.

Mudanças nos Fluxos Comerciais

A guerra tarifária está alterando os fluxos comerciais globais de café. A Colômbia e o Vietnã estão se consolidando como principais fornecedores para os EUA, com tarifas significativamente menores. As exportações colombianas atingiram um valor recorde de US$ 5,4 bilhões nos últimos 12 meses, enquanto o Vietnã registrou 1,2 milhão de toneladas exportadas, avaliadas em US$ 6,42 bilhões.

Os consumidores americanos já sentem os efeitos, com um aumento de 21% no preço do café em agosto, o maior desde 1997. A BSCA pediu ao governo brasileiro que inicie negociações para reverter as tarifas, visando restaurar o fluxo de comércio. A situação atual não apenas prejudica o Brasil, mas também pode impactar a economia dos EUA, gerando inflação.

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