- A Neo Performance Materials inaugurou uma fábrica de ímãs na Estônia, com investimento de US$ 75 milhões.
- A nova planta terá capacidade para fornecer componentes para até 1 milhão de veículos elétricos anualmente.
- O CEO da Neo, Rahim Suleman, ressaltou a importância das terras raras para a indústria.
- A fábrica é uma resposta à escassez de ímãs de terras raras na Europa, agravada por restrições de exportação da China.
- A empresa planeja triplicar a capacidade de produção até 2027 e já firmou contratos de longo prazo para garantir o fornecimento de matérias-primas.
Executivos da indústria de veículos elétricos na Europa estão em busca de ímanes de terras raras, essenciais para a produção de carros elétricos, em meio à escassez provocada por restrições de exportação da China. A empresa canadense Neo Performance Materials inaugurou uma nova fábrica em Narva, na Estônia, com um investimento de US$ 75 milhões. A planta terá capacidade para fornecer componentes para até 1 milhão de veículos anualmente.
Durante a cerimônia de inauguração, o CEO da Neo, Rahim Suleman, destacou a importância das terras raras, que figuram entre os materiais críticos para os governos. O evento contou com a presença do primeiro-ministro estoniano, Kristen Michal, e representantes de grandes montadoras como General Motors e fornecedores como Bosch e Schaeffler. A Bosch, por exemplo, já garantiu uma parte significativa da produção anual de ímãs da nova fábrica.
A nova unidade é uma resposta às tensões comerciais globais e à vulnerabilidade da Europa em relação ao fornecimento de terras raras. Em agosto, empresas da UE enfrentaram sete paralisações de produção devido à escassez desse material, e mais 46 interrupções são esperadas neste mês. A fábrica da Neo se especializa na produção de ímãs de neodímio, que são fundamentais para a conversão de eletricidade em movimento nos veículos elétricos.
Além disso, a Neo planeja triplicar sua capacidade de produção após uma expansão prevista para 2027, atendendo à crescente demanda das montadoras europeias. A empresa já firmou contratos de longo prazo para garantir o fornecimento de matérias-primas da Austrália, com entregas programadas para começar em 2026. A iniciativa é vista como um passo crucial para a segurança da cadeia de suprimentos na Europa, especialmente em um cenário onde a dependência da China é cada vez mais criticada.