- O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15%, sem previsão de cortes a curto prazo.
- O mercado imobiliário enfrenta um declínio nas transações de compra e venda de escritórios, com o menor volume desde 2021.
- No primeiro semestre de 2023, foram registradas apenas duas operações, totalizando R$ 88 milhões e uma área de 1,8 mil m².
- A diretora de escritórios da consultoria Binswanger Brazil, Melissa Spinelli, afirmou que o mercado de alto padrão continua ativo, mas com transações mais lentas.
- Em comparação ao ano anterior, o valor médio por metro quadrado caiu de R$ 32.117,11, evidenciando as dificuldades do setor.
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 15%, sem previsão de cortes a curto prazo. Essa decisão reflete um cenário desafiador para o mercado imobiliário, que enfrenta um declínio acentuado nas transações de compra e venda de escritórios.
No primeiro semestre de 2023, o volume de operações caiu para o menor nível desde 2021, com apenas duas transações totalizando R$ 88 milhões. Os dados, coletados pela Binswanger Brazil e divulgados pela EXAME, indicam que as vendas envolveram uma área de 1,8 mil m², com um preço médio de R$ 24,7 mil por metro quadrado.
Desempenho do Mercado
A diretora de escritórios da consultoria, Melissa Spinelli, destacou que, embora o mercado de escritórios de alto padrão continue ativo, o ritmo das transações está mais lento e as margens estão mais apertadas. Esse cenário é um reflexo direto dos juros altos, que diminuem o apetite dos investidores, tornando-os mais cautelosos.
No primeiro trimestre, o VBI Prime Properties – FII adquiriu o Vila Olímpia Corporate – Torre B, um condomínio comercial de alto padrão em São Paulo. No segundo trimestre, o Pátria Escritórios – FII comprou o Berrini One, também na capital paulista. Em contraste, na primeira metade do ano passado, o número de operações foi de oito, com um valor total de R$ 1,7 bilhão e uma área vendida de 50.447 metros quadrados.
Comparativo Anual
Os dados mostram uma queda significativa em relação ao ano anterior, quando o valor médio transacionado por metro quadrado foi de R$ 32.117,11. Essa diminuição no volume de transações evidencia as dificuldades enfrentadas pelo setor, que busca se adaptar a um ambiente econômico marcado por incertezas e juros elevados.
